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terça-feira, 3 de abril de 2007

Lembranças do quartel.


Em 1971 fui selecionado pelo serviço militar obrigatório para servir em Brasília no BGP – Batalhão da Guarda Presidencial e em janeiro de 1972 me apresentei.

Uma longa viagem com o espírito aberto e um enorme problema de saída. Quando parti o meu grande amigo Naif que me acompanhou ao embarque realizado no quartel do Bacacheri fazendo uso de algo que ele é especialista (Ele tem muitas e por si só é uma das maiores histórias da minha vida) que é o uma maldade ardilosa. Na despedida com os ônibus já em movimento grita algo assim como - Aí Vanderléia – em menção aos meus cabelos que como aparecem nas fotos abaixo era bastante longo.



Em Ipanema na feira de artesanato conversando com a Connie, atrás o outro cabeleira era o Jacques seu marido. Ambos vieram dos Estados Unidos de motocicleta e ficamos amigos em Curitiba. Nesta ocasião que ocorreu um ano antes do quartel o Victor, o Naif e eu fomos visitá-los. Mais adiante o Victor que serviu no Rio de Janeiro acabou ajudando-os mais a se estabelecerem no Brasil.

Era uma grande cabeleira mesmo hehehe.
Imaginar o que isto fez da minha viagem é fácil para quem já foi jovem e sabe como a juventude pode ser maldosa. Pensando melhor até hoje vejo como uma característica humana o uso de mediocridades para poder infernizar seus semelhantes.

Mas se isto foi ruim também teve sua parte boa, criou uma casca que me fez procurar cuidar bem do número um.

O sufoco do apelido desapareceu logo, uma das primeiras coisas foi que o cabelo desapareceu e neste ínterim surgiram outros companheiros que por diferentes coisas ficaram alvos das chacotas dos deficientes mentais. Fui destacado para a companhia que faz a guarda presidencial o que significava um ano polindo botões e treinando ordem unida e tirando guarda de honra nos palácios. A foto abaixo mostra como era o uniforme:
O inicio da vida no quartel é torturante, chama-se a isto período básico que são três meses de reclusão onde tem que se aprender tudo sobre a vida militar desde toques de corneta a lavar sua própria farda. Um período administrável se não fosse um inconveniente, não como comida ruim e isto significava fome constante e, além disto, os poucos caraminguás que levei acabaram-se logo o que significou uma constante procura por alguém que fumasse para serrar um que depois seria transformado em cinco, duas tragadas e apagar duas tragadas e apagar ufa.
Uma curiosidade era o fato de eu na vida civil sempre usar coturno então na vida militar com todos aqueles deslocamentos e treinos de ordem unida meus pés permaneceram impecáveis porque continuei usando os meus que eram de oficial, agora as orelhas não escaparam e que me lembro acho que ninguém, aquilo que foi protegido anos do sol pelos cabelos fritaram de uma maneira impressionante.

Refeitório dos soldados. Eu sou o primeiro à esquerda.

Ainda constrito com companheiros. Eu sou o primeiro da direita.

O Batalhão visto de cima, o alojamento logo detrás da formação foi o meu primeiro, depois passei para a CCS – Companhia de Comandos e Serviços que fica a direita deste, mais adiante foi comum eu usar o alojamento do comandante ou então ficar em um quarto que aluguei no bairro Cruzeiro.

O Naif o amigo mencionado acima autor da malvadeza também tinha o lado bom que era a sua profunda facilidade em se adaptar e tirar o melhor proveito das situações. Ele servia na PE – Policia do Exército que tinha o quartel ao lado do meu. O Naif que fazia parte do contingente anterior (maio a maio) já era o antigão do quartel, ele fazia parte do grupo de motociclistas do exército que faziam aquelas apresentações de pirâmides em cima da moto e várias vezes pude vê-lo pilotando sua Harley Davidson por Brasília. Um dia ainda quando eu ainda era conscrito encontrei-o na divisa e conversamos com ele me dando dicas que foram fundamentais para um futuro feliz no exército, a mais importante delas foi o aviso que fariam um questionário perguntando a cada um suas habilidades e ele falou para eu colocar tudo como se soubesse fazer, o que eu queria realmente era também entrar para o pelotão de motos, mas isto no meu quartel era restrito para a graduação de sargento para cima e não houve maneira de contornar independente das amizades que fiz com este pessoal. O fato é que aconteceu o que ele tinha previsto e vieram as perguntas – Sabe dirigir caminhão? Sim embora nunca tivesse dirigido, sabe sei, sabe sei, PABX minha profissão natural, rádio sei de tudo e assim foi. Obviamente um gênio como eu não poderia ficar misturado com os outros e eis que fui chamado para uma entrevista com o subcomandante do batalhão um Tenente Coronel simpaticíssimo que infelizmente não me recordo o nome e junto também estava um major da administração que também não me recordo o nome, o objetivo era a escolha do soldado que iria substituir a ordenança do comandante e nas inúmeras perguntas a todas respondi positivamente. Fui nomeado.

Comandante Coronel Waldemar de Araújo Carvalho

Os dias de conscrito perdido na multidão se acabaram, no mesmo dia da nomeação já fui encaminhado ao alfaiate do exército onde ele confeccionou minhas fardas sobre medida e ganhei uma braçadeira cujas siglas significavam Ordem ao Comando. Daí em diante eu comecei receber continência por onde passava não que isto fosse lei e sim por desconhecimento da maioria do significado da braçadeira. De qualquer maneira o tratamento por parte dos oficiais mudou.

Quanto à comida que era o meu maior problema solucionei-o negociando na cantina dos oficiais a limpeza da cozinha em troca de comida, como trabalho não assusta achei ótima a troca. Se porventura o comandante precisa-se de mim logo após o almoço eles entendiam e tudo ficava bem.

Nos últimos testes para se tornar soldado aconteceu algo engraçado, eu não acertei nenhum tiro no alvo, na verdade eu quase nem enxergava o alvo embora achasse que ninguém enxergava também. Lembro-me que o responsável comentou que afinal não era tão importante porque as minhas funções já eram burocráticas e deu um ok no meu exame. O fato é que eu precisava de óculos e isto é uma coisa que você só sabe se fizer um exame de vista senão imagina-se que todos enxergam iguais.

Minha rotina logo se moldou, o Comandante Waldemar a quem eu servia era um militar de carreira e me dava pouco trabalho, pois nunca usava seu alojamento e que eu me lembro a coisa mais complicada era apontar seus lápis, pois ele não gostava de ponta fina então eu apontava e depois a desgastava rabiscando. Uma vez ele tentou uma invenção me chamando para tirar um risco da parede, deixei para ele uma parede para ser pintada e ele nunca mais me chamou para coisas deste gênero. De manhã minha função era ligar o rádio da rede dos comandantes e de tarde desligá-lo. Durante o resto do dia atendia telefones e comecei a namorar via fone a Marinalva que já fazia isto com a ordenança anterior a mim. Acabei indo conhecê-la no apartamento dela que ficava na asa sul, ele era filha de um tenente e muito mais que o amor ficou uma bela amizade e ótimos momentos de convivência.

Com o fim do período restrito comecei a sair frequentemente com o Naif que também tinha formado amizades fora, como eu tinha a minha moto tudo ficou mais fácil e rodamos muito em Brasília. Um caso sui generis fomos nós dois passando por um restaurante francês que estava acolhendo uma festa de casamento, o Naif sem pensar duas vezes me levou para dentro e nós com as honras de convidado participamos do jantar e digo que até hoje não comi uma lagosta tão boa como a que foi nos servida lá.



Quem estava batendo as fotos era o Naif.
Em maio veio à baixa do Naif e eu comecei sozinho a circular por Brasília que na época nada mais era do que um fabuloso circuito de velocidade com suas longas retas e curvas harmoniosas.

Uma particularidade deste período:
Ainda no primeiro mês escrevi uma carta para a minha família contando as novidades e também falei da dificuldade da falta de dinheiro, eis que minha mãe me envia uma carta com lindas notas de cruzeiros só que com um problema elas não estavam lá tinham sido roubados no correio e só havia menção escrita que elas estavam juntas com a carta. A frustração foi imensa ao ponto de eu conseguir uma licença especial para me ausentar do quartel e fui até os correios onde aprontei o maior escarcéu chamando tudo mundo de ladrão para cima. Ficou só nisto também porque ninguém me devolveu nada. Já no mês seguinte recebi um pacotão contendo comida que foi uma salvação já que minhas energias estavam se esgotando por falta de alimentação. E junto bem camuflado um dinheiro que logo doei para a Souza Cruz em troca de lindos maços de Mistura Fina.

Caminhando já para o meio do meu período de alistamento eis que chega para me visitar o Victor que também cumpria o seu serviço militar só que no Rio de Janeiro. Mesmo que o Naif e eu tenhamos tido sucesso em aproveitar as possibilidades nem de perto se comparava ao que o Victor atingiu neste curto período, ele estava servindo na policia secreta do exército e seu acesso era livre a qualquer ambiente, mais adiante no tempo o Naif e eu estivemos juntos com ele no Rio e não havia nada que impedisse a entrada dele nas melhores casas noturnas ou como mencionei qualquer lugar que fosse do interesse dele adentrar. E mais hehehe, não precisava cortar o cabelo. Imediatamente consegui alojamento para ele no quartel e já peguei uma licença extraordinária para sair.
Passeamos um bocado em Brasília e como era quinta-feira (Nas quintas-feiras eu ia até o Palácio do Planalto onde na parte debaixo tem um refeitório e nelas o prato era dobradinha, uma das melhores que já comi e em uma escala só perde para a dobradinha espanhola de Punta Arenas e para a dobradinha que uma vez a minha sogra fez). Depois passeando pelo centro de Brasília fomos até o supermercado Jumbo sendo que aí saí dobrando a moto nas curvas do estacionamento até o Victor reclamar que eu estava lixando o seu but e ergueu a perna tirando o equilíbrio da moto e nos fazendo cair, ele por cima e eu por baixo fazendo um Q. Suco do osso da minha perna. Na hora nem senti e quando me levantei a perna se dobrou sem a sustentação. O Victor providenciou o socorro e fui para o hospital de Brasília onde me trataram e depois me transferiram para o hospital militar.
No dia seguinte aconteceu uma das coisas mais interessantes no quesito prova de amizade, não que o Victor ou eu necessitasse disto para comprovar a lealdade da nossa amizade, mas aconteceu e o resultado foi nada menos que o esperado mesmo que no limite. O fato é que no dia seguinte quando ele foi me visitar na enfermaria dos quebrados eu já com a perna no esticador e com dores terríveis, bem não era tanto assim desde que eu não respirasse, pensasse ou piscasse e aí veio uma vontade imensa de evacuar, lembre-se que eu estava comendo bem e no Planalto tínhamos comido muito então não tinha como protelar. Passei a situação a ele e imediatamente ele providenciou uma comadre e com muito cuidado ajeitou ela na minha bunda e eu mandei o esgoto se abrir. Começou a sair e não parava, encheu a comadre e se esparramou pela cama, uma imundícia com um cheiro absurdamente horrível e não estou aumentando em nada basta dizer que ao meu lado tinha um acidentado de Goiânia chamado Leandro que tinha gesso no corpo inteiro (Duas pernas, bacia, um braço e mais algumas coisas, acidente de lambreta) e mesmo assim no horror a situação ele conseguiu sair do quarto junto com outros cinco quebrados que faziam parte desta enfermaria.

Nenhuma enfermeira socorreu, acredito até que elas tenham abandonado o hospital hehehe, mas o Victor não se abalou, sem socorro externo ele conseguiu com um atendente a reposição dos lençóis e material para me lavar e o fez Algumas horas depois eu estava completamente limpo em uma cama completamente limpa e isto com movimentos cirúrgicos, pois bastava olhar para a minha perna que a dor era terrível. Aí os quebrados puderam voltar para as suas camas.

Depois o Victor providenciou a guarda da moto que não teve muitos danos e retornou ao Rio e neste ínterim eu já tinha decidido comer o mínimo possível até poder ir ao banheiro o que aconteceu trinta dias depois aproximadamente. Esta ida também se revestiu de drama, foi o primeiro movimento efetivo após o acidente e não era mais possível protelar, arduamente consegui chegar à privada. Minhas fezes tinham se transformado em uma pedra áspera e muito grande e entalou na saída do ânus, lembrando agora é uma comédia, mas na hora a coisa virou um filme de horror, levei muito tempo tentando quebrar ela com os dedos e forçando o máximo possível, depois um longo, muito longo tempo e graças ao volume de sangue que acabou a lubrificando consegui tira-la. Um ano depois da baixa todas as vezes que eu evacuava ainda o fazia com sangue.

A partir deste momento eu comecei a me movimentar mais frequentemente e o hospital ficou muito divertido, a Marinalva e seu pai em uma das visitas me trouxe uma mala de revistas e livros, toda manhã e toda tarde eu recebia minha garrafa térmica de café e peguei uma habilidade incrível no uso da cadeira de rodas. E isto que uma boa parte do tempo eu podia me dedicar a acompanhar a rotina das enfermeiras, eu olhar o balanço daqueles corpos e as frestas dos seus uniformes já eram uma boa fonte de inspiração para se continuar vivo.

Por volta do quarto-mês no hospital o Victor veio me visitar de novo.

É notável o quanto se pode ser rápido em uma cadeira de rodas treinando todo dia.
O dominó era o jogo que dominava as enfermarias até a chegada de uns pára-quedistas do Rio de Janeiro que estavam lutando no Araguaia contra os comunistas, eles jogavam no baralho o Só Copas que é uma variante do Mal-Mal, este jogo ficou sendo uma febre até a minha saída. Como curiosidade nenhum deles tinha visto nenhum comunista e os internamentos eram uma boa parte por descuido dos outros soldados no manejo das armas ou então coisas diversas como pisar em arraias.

Uns cinco meses de internamento e chegou o dia da retirada final do gesso ufa. A primeira sessão de fisioterapia foi neste hospital mesmo e o fisioterapeuta era um imbecil chamado Chacon, o energúmeno depois de aquecer minha perna no forno jogou talco sobre ela e desenhou uns sinais cabalísticos comigo de bruços só olhando de viés. Acreditam que este umbandista lazarento firmou as suas mãos e dobrou a minha perna em um golpe! O estalo e a dor foram enormes e hasta la vista meu ligamento cruzado que até hoje continua rompido. O fato é que até ele se assustou da cagada que fez e de qualquer maneira foi à última em cima de mim, o resto da fisioterapia fiz no Hospital Sarah Kubitschek que era fantasticamente preparado embora o dano que o idiota já tinha feito era irreparável.

Voltei ao quartel e a minha companhia, o meu cargo de ordenança já estava preenchido então isto me possibilitou um relacionamento mais estreito com os companheiros que então já eram os antigões porque tanto a PE como a Cavalaria tinham renovado os seus contingentes em maio e os recrutas do BGP (já soldados) era o grupo mais antigo. Todas as ansiedades do grupo já estavam resolvidas então à convivência era muito agradável e não passava um dia que nós não se reuníssemos para jogar pôquer matando uns baseados. E graças a memórias do passado com freqüência me deixavam comer no refeitório dos oficiais ou então no dos sargentos e subtenentes e com o soldo acumulado no período do hospital o uso da cantina era normal.

E assim prosseguia eu capengando pelo quartel até um dia o Comandante da Companhia me juntar e perguntar por que eu não estava fazendo as rotinas de marcha, expliquei a ele o problema e por uma sorte incrível ele fez que entendesse nada e me obrigou a cumpri-las. O que este Capitão fez por mim fabuloso, tendo que marchar três vezes por dia além de cumprir a rotina de guarda acabou me fazendo parar de mancar e aprender a usar a perna da maneira que ficou. Um tempo depois ele ficou sem ordenança e eu assumi com prazer. Como já não tinha mais interesse em sair e o Victor tinha levado a moto para o Rio (Na época não imaginava o que me esperava pela frente) comecei a vender a guarda, como muitos soldados estavam fazendo aquilo que eu fiz no começo eles queriam sair então eu os substituía por um pagamento. Tirar a guarda era algo muito agradável para mim e o fazia tão freqüente que acumulei uma grana muito boa tanto que então só fumava Minister.

Se aproximando o dia da baixa ao contrário que podia parecer não havia euforia, eu mesmo achava aquela vida agradável e para continuar tinha até sondado as possibilidades de ser transferido para o EMFA – Estado Maior das Forças Armadas, mas sem muito esforço não consegui. Nesta fase o comando estava entregando um diploma de honra para os soldados que tinham se destacado e eu recebi o meu. Pouco antes do embarque nos ônibus que nos trariam o mostrei para o Damião que era o tipo de companheiro e soldado que eu gostaria de ter ao meu lado em uma guerra, ele foi neste seu tempo de quartel um soldado exemplar em todos os sentidos, mas por algum raio da burocracia ele não recebeu e como eu soube só naquele instante não pude fazer nada para que mudasse o fato. Foi à nódoa que entristeceu a viagem de volta.


Naif Saleh Neto à esquerda, Victor Emmanuel Mendes e Silva no meio e eu. Uma história de milhões de páginas.

20 comentários:

  1. Mas é um escritor nato!
    Nem terminei de ler a viagem ao Ushuaia ainda.

    Edenilson Penco

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  2. Ahh, postei como anônimo antes e agora como OUTRO, mais simples, antes havia postado com minha conta Google.

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  3. karamba muito bom seu texto principalmente da sua vida militar.
    Eu que estou servindo no BGP 3º CIA, achei muito interessante sua história dentro deste maravilhoso quartel
    Parabéns

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  4. Obrigadão Penco, vindo de um amigo como você o valor aumenta.

    Caro anônimo – Que ótima oportunidade de eu rever este quartel através dos seus olhos, entre em contato joaoleopold@minon.com.br

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  5. Prezado, verifiquei que no seu site existe uma menção ao Naif Saleh Neto.Não sei se é do seu conhecimento, mas lamento informar que ele faleceu na semana passada de problemas cardíacos. Segue nota da Gazeta.Naif Saleh Neto, 57 anos, jornalista, filho de Faisal Hussin Salh e Suzan Moukalled Salh. Sep. às 10 h, no Cemitério Mulçumano Jardim de Allá, ...
    portal.rpc.com.br/gazetadopovo/falecimentos/

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  6. Caro Lauro - Estive presente sim e digo que não fiquei muito triste porque a vida dele foi tão rica que esta morte antecipada não o deixou com divídas para ela!
    Muito obrigado pela sua consideração em me avisar.

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  7. Obriga dão,antes de ler sobre sua vida militar eu estava procurando na net tudo sobre o que poderia acontecer na minha vida militar, pois tenho 18 anos e fui incorporado no 6° batalhão de engenharia do rio grande do sul e combate e estava com muito medo do que poderia acontecer nesse 1 ano mais e estou muito mais calmo agora.

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  8. Obriga dão,antes de ler sobre sua vida militar eu estava procurando na net tudo sobre o que poderia acontecer na minha vida militar, pois tenho 18 anos e fui incorporado no 6° batalhão de engenharia do rio grande do sul e combate e estava com muito medo do que poderia acontecer nesse 1 ano mais e estou muito mais calmo agora.

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  9. Roberto Carlos de A. Silva26 de setembro de 2011 às 23:01

    João Leopold, você fêz um bem danado para minha memória, em seu brilhante comentário sobre a sua estada no exército. Também sou da turma de 1.971, vindo do interior do Paraná, mais precisamente de Paranavaí, passei pelo 20 R.I, para fazer os exames de saúde, foi me perguntado pelo sargente auxiliar do major-médico, o você que ir para o CPOR ou para Brasília, não sabia o que era CPOR, vi as fotos de Brasília. Resumindo uma guarda sim, outra por uma troca de cadarço (312 ao todo). Entrei na 1ª Cia, quando cheguei, mas depois fui transferido para 2ª Cia, fazia parte dos classificados para o curso de cabo. Nome de guerra uma beleza "Roberto Carlos", quantas explicações para os oficiais novos que chegavam, bom lembrar, grande abraço. Roberto

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  10. Valeu Roberto Carlos, são tantas recordações, obrigado por compartilhá-las comigo.

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  11. Ola , muito bom o comentário, me fez voltar aos tempos de alegrias e também tristezas do tempo em que servi. Servi no BGP em 1972 na CPP. Soldado 2012 Francisco.

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    1. Olá Carlos - Nós fizemos o período básico juntos, inicialmente eu estava na CPP e fui transferido para CCS - Companhia de Comandos e Serviços quando passei a Ordem e Comando.

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  12. Ô João Leopold!
    Você por acaso não era um bom jogador de xadrez?
    Irônico demais?
    Queria destruir os adversários?
    E dava risadas?
    Acho que servimos juntos em 1972. Primeiro na CPP e depois na CCS!
    meu e-mail: luciocatica@gmail.com
    Soldado Tadeu: 2195 .
    Tem uma foto anterior que mostra o Da Costa e o 2121 (Boquinha). É isto?

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    1. Soldado Tadeu 2195 aqui é o soldado Oliveira 2181 /
      Você é o soldado que está atrás de mim com capacete porque o da esquerda não lembro o nome e o da direita é o Boquinha. Que ótimo nos reencontrarmos, vou te enviar um e-mail, mas se quiser um contato mais fácil é o Face - João Leopold. Grande abraço!
      E sim, eu jogava xadrez com frequência com o Tenente Clayton e também ouvia um grande sucesso na época de um menino que cantava I'll Be There.

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  13. Oliveira, isso mesmo!
    Vamos conversando.
    O que está com a metralhadora (INA) com certeza é o Da Costa.
    O da esquerda talvez seja, ou era o Dieter, eu não estava nesta foto.
    Lembro muito bem, quase muito bem, apesar dos 45-46 anos atrás!
    Tenente Clayton Abrahão Ayub, tenente Relações Públicas do Quartel, cujo assessor direto era o Da Silva, se não me engano!

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    1. O Dieter, me parece o certo embora a memória não ajudou muito. Perfeito o da Costa, com sua ajuda me lembrei. Voltei lá para visitar e foram muito gentis, recebi um convite para entrar no batalhão da saudade.

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  14. que prazer entrar aqui e relembrar o passado. servi no ano de 1972. no BGP SOLDADO 1754- CHAMBO-
    3º COMPANHIA.

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    1. Muito legal Chambo, compartilhamos uma época! Você é de que estado?

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  15. João Leopol, bom dia.
    Muito bom ler essas notícias de pessoas com quem convivi há quase 50 anos. Interessante a sua passagem por Brasilia-DF. Sou o ex-tenente R/2 Boaron servi no BGP desde 1970, na 3a. e 4a. cias. Estive em 1972, em Xambioá - Goiás, participando da ACISO (Ação cívico social), nas margens do rio Araguaia, durante aproximadamente um mes. Moro em Curitiba. Ficaria feliz reencontrar antigos companheiros. Afinal, não somos mais crianças. (As palavras voam, só o que está escrito permanece. (Antonio Sérgio Palú) Abraços. Meu e-mail: ADRIGIMAR@UOL.COM.BR.

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  16. Caro tenente Boaron, infelizmente não me recordo da sua pessoa embora devo ter lavado o seu prato de almoço algumas vezes já que eu negociava a faxina da cozinha em troca de comida. O tenente que fiz amizade foi o Clayton, jogávamos xadrez no cassino do quartel. Hoje raramente vou a Curitiba, mas igual a você digo que seria ótimo trocar lembranças desta época, se o prezado me der a honra de me visitar em São José dos Pinhais seria muito bem vindo!

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