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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Voltando aos Lençóis Maranhenses.

Prefácio
Foi tão forte a impressão e a experiência na primeira viagem aos Lençóis que repeti-la em tão breve espaço de tempo se torna necessário para entender melhor as sensações de estar lá. Além disto, este frio do Paraná está me fazendo um mal danado e a medicina comum não pode me tratar então aproveitarei lá e farei uma consulta com uma benzedeira chamada Mãe Luzia que faz uns passes mediúnicos nos camarões que ficam com grande poder curativo.

O motor-home já está pronto e de sapatos novos da marca Michelin e a partida programada para dia cinco logo após teclarmos nosso voto para as eleições municipais.
05 de outubro de 2008

Como previsto votamos e para não variar foi ótimo, reencontramos velhos amigos no local de votação porque votar quase chega a ganhar de funerais e casamentos, é um ambiente descontraído e todos se encontram com grande disposição.

A eleição em São José foi de uma disputa intensa e também confusa com enorme semelhança a São Paulo onde o Gilberto Kassab se confrontou com o Alckmin dando um espaço generoso para uma mulher que está muito abaixo do que eu penso de uma pessoa de vida pública. Pelo menos na minha cidade a terceira opção vencedora até prova ao contrário é um homem de respeito, industrial de ferramentas de precisão e torço que ele faça uma excelente gestão e vá que ele leia este blog então sugiro – Senhor Ivan Rodrigues imite o prefeito de São Paulo Kassab, proíba as placas de publicidade. Elas insultam a beleza da nossa cidade e proíba nas próximas eleições carros de som e panfletagem. Admira-me candidatos que se propõe a cuidar da nossa casa e a inundam de imundícies e invadem nossas paredes com sons.
Votamos e já montamos na nossa casa (nosso local de votação fica a meia quadra hehehe) e our true home is the highway.

BR116 sempre linda mesmo com o tempo chuvoso. Confesso que não curti muito ansioso que estava pelos resultados da eleição tanto que combinei com o jornalista Marcos Rosa do PautaSJP manter contato telefônico já que ele ia fazer cobertura on-line das eleições da cidade. A ansiedade era com os vereadores que fazem realmente bem para a cidade. Como meu voto é único tenho que torcer que eles tenham continuado a cativar seu eleitorado para garantirem seu espaço.
Cinco horas e uns quebrados já estávamos parados no posto Graal 500 na Dutra com telefone e internet. Muita alegria com o Kassab ganhando este primeiro turno em São Paulo (Passando por lá procurei alguma placa de candidato, nadinha e a cidade limpinha, eita caboclo macho!) e a minha cidade me fodendo sendo uma das últimas a fechar a votação. Meu candidato a vereador perdeu raspando a trave (Gastão Vosgerau) e idem o Edson Celli que é um homem nota dez, para compensar os professores Assis e Ilmar e o amigo Carlos Machado ganharam com folga।

Para registro saímos com 44.690 quilômetros no hodômetro e na primeira abastecida deu a média de 6,69 quilômetros por litro.
06 de outubro de 2008

Chuva, chuva e chuva, o prazer, bom a viagem foi sem altos e baixos, sinalização absurdamente errada na estrada e isto fica sempre difícil de acostumar.

Paramos no camping do Siri em Marataízes no estado do Espírito Santo, excelente condições o camping oferece embora em um pequeno passeio pela praia a sintamos muito pobre. Grandes diversões dentro do motor-home e agora enquanto puxo um arquivo monstruoso que irá acabar com minha cota de impulsos na internet escrevo para o blog.

Esqueci de comentar sobre os novos e chatos pneus Michelin. Antes com os meus Pirellis eu sentia a estrada viva, cada buraquinho era um estrondo e nos buracões meus armários me saudavam se abrindo, todo o meu carro rangia como querendo conversar comigo e, além disto, na estrada cada curva tinha que ser raciocinada para evitar besteira. Agora com estes lazarentos de Michelin com balanceamento de micros esferas da Taco Ar acabou todo este prazer, o carro ficou muito macio e ninguém mais fala comigo, as curvas que eu tinha que testar as minhas qualidades de piloto agora parecem mixurucas. E chuva então! Estes pneus são tão idiotas que nem isto reconhece e fica tão aderido ao asfalto pensando que ele está seco.

07 de outubro de 2008

Hehehe o casal Graça e Renato que estão no Chile reclamaram de um camping que custava trinta e poucos reais por dia, nós pagamos R$60,00 no Siri e já estamos na estrada parados para pernoite em Linhares. Problema com gaveta travada, água muito quente, etc. Rotina de motor-home um contínuo ajustar. Meia garrafa de vinho no jantar aliviou estes percalços.

08 de outubro de 2008

Estrada, estrada, chuva e chuva. Ainda bem que a Bahia não me falha e rapidamente a estrada está virando um lixo novamente hehehe

Tentei render a noite, mas com chuva, sem faixa no asfalto, minhas palhetas de pára-brisa comprometidas porque a Mascarello inventou uma exclusiva me fizeram estacionar próximo a Salvador.
09 de outubro de 2008

Estamos em Pernambuco e a viagem não rende porque a estrada está miserável ao ponto de achar que isto é incurável por estas bandas e comentei com a Iara que esta seria a minha última viagem pelo nordeste (Mentira eu espero hehehe). O melhor caminho para Lençóis é por Brasília e Belém, para não irmos e voltarmos pelo mesmo caminho e, além disto, fazer uma visita ao amigo Luis Carlos em Campina Grande é que usei esta opção já que há muito pouco tempo atrás a estrada estava em boas condições. Em Alagoas alguns coronéis da cana fizeram algumas armadilhas terríveis no acostamento da estrada, para poderem entrar com suas máquinas na plantação afundaram o acostamento criminosamente.

Uma curiosidade – Quando passamos à fronteira de Alagoas/Pernambuco um Voyage nos ultrapassou pela direita, logo mais reduziu a marcha deixando os outros carros o ultrapassar e ficou na nossa frente. Como tinha quatro caboclos dentro do carro senti cheiro de assalto e liguei para o 191, prontamente atendido expliquei o que estava acontecendo e passei a placa do carro que conferiu, era um morador de Xexéu a próxima cidade e efetivamente ele entrou nela. Nota dez a Polícia Rodoviária.

Estamos no posto Trevão próximos a Recife para pernoite. Dá-lhe vinho hehehe.

10 de outubro de 2008

Campina Grande um dos grandes centros de informática do Brasil e residência do meu amigo Luis Carlos Dantas Matias babalorixá das mil encruzilhadas. Além da oportunidade de rever este dileto amigo quem sabe ele também dê uns passes mediúnicos no meu computador já que para o bandido os camarões da Dona Luzia não fazem milagres.

Esta cidade é tudo de bom, bem nem tudo. Como a maioria absoluta das cidades do Brasil a campanha política suja as paredes e se torna um festival de acusações. (Tem 2º turno)

Aqui também tem a concessionária Mercedes Unidas, além um excelente serviço e atendimento fizeram ao longo do tempo eu ter boas amizades com o pessoal e se existe algo agradável na vida deste viajante é poder reencontrar conhecido que deixaram boas lembranças.

Na chegada já fomos direto a Unidas para saudar os amigos e também tentar a sorte nas palhetas do pára-brisa. Bingo os amigos estavam lá na sua maioria e eles tinham as palhetas!

Neste ínterim já liguei para o Luis Carlos para almoçarmos juntos e passamos junto o dia que acabou sendo delicioso. Na madrugada treino de qualificação da F1 em Fuji.

11 de outubro de 2008

Hoje é feriado em Campina Grande pelo aniversário da cidade e nem comentei que o pessoal da Unidas fez questão que nós ficássemos no pátio deles, ontem inclusive conhecemos o Senhor Alberto Cândido proprietário desta belíssima empresa.

Almoçamos na casa do Luis um belo camarão a quatro queijos e mais um bacalhau, além disto, tomamos um vinho pernambucano que quase me derrubou já que este negócio de dormir de madrugada não é comigo. Mais tarde fomos juntos comprar uns filmes e fomos ao supermercado.

Despedidas já que amanhã pela manhã prosseguiremos para os Lençóis.
12 de outubro de 2008

Viagem tranqüila na parte da Paraíba onde é o único estado do nordeste que oferece estrada em condições boa e em algumas partes como, por exemplo, ir a Campina Grande a estrada é ótimo. Já entrando no Rio Grande do Norte a coisa volta ao normal e todo nosso leite vira manteiga.

Todas as vezes que passo aqui penso em fotografar esta coisa ridícula, hoje não escapou, dei meia volta e fiz a foto para vocês acreditarem. Queria ver ao contrário em Cuba uma escola chamar-se John Kennedy hehehe. O dono estaria cortando cana... Espere cortando cana é o que o povo já faz... Espere não tem mais cana para tanta gente então este proprietário, putz em Cuba o ditador é dono de tudo, bom então o responsável por ter colocado este nome já estaria enterrado servindo de adubo para o que restou das plantações de cana fazendo companhia aos milhares que foram crucificados pela tirania sanguinolenta do Fidel Castro.

Ops pode ser que alguns idiotas fãs do idiotão fiquem revoltados e não quero que estraguem o dia então eu retiro as palavras acima se me responderem a estas perguntas:

- Você conhece algum turista cubano?
Não! Será porque é proibido qualquer cidadão de lá sair do país?

- Você se corresponde por e-mail com alguém de lá?
Não? Será que é porque não há computadores lá e internet a população não tem a menor idéia do que seja?

-Você pode me dar uma razão coerente para o Chico Buarque que tanto exalta Cuba more em Paris?
Neste caso eu sou fã das músicas dele, em compensação a sua criatividade na arte tem em igual quantidade em debilidade mental quando se trata de elogiar a escravatura em Cuba e logo lá que o povo ainda nem conhece o DVD embora o jovem irmão do Fidel (78 anos?) que agora comanda tenha proposto uma liberação para estes aparelhos de reprodução.

Poderia fazer ainda incontáveis perguntas e todas elas seriam sem resposta, acreditem que os dentistas lá usam aparelhos de broca de baixa rotação, sim, sim aqueles de cordinha que há cinqüenta anos atrás existia no Brasil também.

Pois está aí a foto, é um insulto a inteligência e está no Brasil.


Depois disto perdi o apetite e sinto que não irei conseguir comer meus dois quilos de camarão em Nísia Floresta.

Natal é disparadamente a melhor cidade do nordeste para turismo talvez não como uma massa de turistas que fazem todo o nordeste em quinze dias e sim para quem ficar de vinte a trinta dias somente nesta cidade. A contratação de um guia experto é essencial. No nosso caso que já a conhecemos de ponta a ponta e todas as suas pregas nesta viagem só entramos em Nísia Floresta para almoçarmos. A dica é simples para os de motor-home que estão de passagem como nós, pela BR101 entra-se na placa que indica a cidade e logo mais surge o restaurante Marina`s Camarões da Dona Graça, venha bem lento porque a placa indicativa está em cima da entrada e dela não se vê o restaurante, no estacionamento cabe até a mega casa do Argemiro. Veja na foto abaixo:


Preço justo com excepcional qualidade, a Iara e eu pagamos R$48,00 por dois caldos de camarão e um prato chamado Camarão na Torre que é para duas pessoas, delicia!

O Marina`s fica em uma antiga estação de trem chamada Papary e a foto abaixo é ela visto do outro lado.


Depois de uma siesta estrada. Esta parte depois que passa Natal é uma reta gigantesca até Mossoró onde estamos parados para pernoite em um posto Fan já conhecido da outra viagem.

13 de outubro de 2008

Arf nos perdemos em Fortaleza por inexistência de placas indicativas da BR222 ou indicando cidades, quem vier para cá verá embora que eu estive aqui recentemente e isto não aconteceu.

Pernoite já no Piauí com energia elétrica que não tem força nem para acionar um arzinho condicionado de 15.000 btus.

14 de outubro de 2008
Delícia o calor! 38º dentro do carro. Bem fora do ritmo de estrada com muitas paradas, conclusão nós não chegamos a Lençóis. Estamos parados para pernoite em uma cidade muito próxima a São Luis chamada Santa Rita.

15 de outubro de 2008

A caminho de Barreirinhas em uma cidadezinha um desenho grande do Che Guevara com uma mensagem que reproduzo mais ou menos literal – Que importa se morrerem dois ou três se no final venceremos a luta contra os poderosos. Pois é o babacão quando assumiu o poder junto com o Fidel automaticamente se tornaram poderosos e resolveram o problema matando milhares. Muito espertos estes idiotões que veneram um pulha sem qualidade como este personagem. Acho que vou para Cuba pintar um retrato de John Kennedy com alguma mensagem dele, brincadeirinha onde eu iria arrumar tinta para comprar no paraíso.

Já estamos estacionados na Praça da Matriz e a Cemar já nos instalou a luz.
Infelizmente alguma coisa aconteceu com a energia e acho que foi um crescimento de coisas de consumo que consomem energia, pelo menos o vizinho da frente João José colocou ar condicionado. O fato é que a amperagem está muito baixa e o nosso ar fica gemendo com freqüência. (Na continuação estabilizou e ficou ótimo).

Já se encontramos com o Washington e trocamos figurinhas, nos próximos dias deveremos fazer uma viagem para Tutóia.

Agora pizza...

16 de outubro de 2008

Revemos outros amigos e conversamos com a Jacira do Tropical Adventure (O Alfonso está em São Luis), detalhamos algumas coisas e já sabemos que o nosso ponto alto desta vez será uma viagem de três dias pelos Lençóis no dia 25, uns casais franceses fecharam um pacote e nós iremos acompanhá-los.

Mais tarde encontramos o Marcos (Guia da Tropical) e foi ótimo sentir que a empatia entre nós está em alto nível. Já marcamos trilha para o Canto do Atins amanhã e um quadriciclo 4x4 ficou separado para uso da Iara.

Um recado na porta dizia que tinha um casal de Curitiba também de motor-home que queria nos conhecer, fomos mais tarde lá onde estavam estacionados e deixamos outro recado porque eles não estavam.

17 de outubro de 2008

De manhã fomos para a base do Alfonso de onde sairíamos para a trilha nos Lençóis e o que ia ser um passeio entre nós acabou formando uma boa turma e o nosso guia foi o Marcos. A melhor surpresa foi conhecer a Zizi e o Albino (O casal do outro motor-home) que também fecharam o pacote para esta aventura. Fomos para o Canto do Atins e o passeio foi maravilhoso. Comemos na Luzia e os camarões estão cada vez mais abençoados.

Na volta encontramos o Alfonso e marcamos uma nova viagem para amanhã com ele como guia embora o destino fosse o mesmo, Canto do Atins.

18 de outubro de 2008

Putz quinze quadriciclos na trilha! Grupo como de ontem também o foi muito legal incluindo algumas senhoras de idade mais avançada, mas com espíritos altamente joviais e muito dispostas, residentes em Juiz de Fora/ MG.

Repetir a trilha? Hehehe com o Alfonso não tem esta conversa, ele é o Mago dos Lençóis e a viagem foi deslumbrante. Almoçamos no Buna continuando nossa dieta de camarões a qual acrescentamos um peixe delicioso e um monte de carne de siri.

Surpresa nós encontramos um casal (Marcelo e Rafaela) e temos o casal na estrada (Fernando e Andréa) como amigos comuns. Do Marcelo registro uma frase que achei espetacular e salva a moral dos gordinhos. O assunto era as gordurinhas sobrando e a resposta brilhante dele – Eu estou no meu peso ideal, só preciso crescer onze centímetros e para isto acontecer mamãe falou que eu preciso comer.

Se estiverem sentindo falta de fotos digo – Experimentem fazer sexo e ficarem fotografando o ato, diminui demais o prazer. Então guardaremos as fotos para a grande aventura dia 25.

19 de outubro de 2008

Mudou o horário e a F1 na China começou às quatro horas da manhã, sem problema porque usaremos este domingo para descanso e atualização das rotinas.

O domingo acabou não virando em descanso, esperamos a visita de manhã do Marcelo e Rafaela que iam excursionar para o Caburé e ficaram de passar aqui, como não vieram fomos para a base do Alfonso programar a semana e depois ao motor-home da Zizi e Albino onde conversamos um monte e depois fomos almoçar no Bambué onde acabamos de ficar até o final da tarde.

Voltamos à base do Alfonso e fechamos uma trilha para a cidade de Tutóia, uma bela viagem de quadriciclo em torno de 160 quilômetros.

20 de outubro de 2008

Arf Marcos com ressaca. Arrasta-pé, Tutóia é muito longe, é preciso dois dias de viagem, a gasolina está muito amarela, Tutóia foi invadida por canibais que estão comendo turistas louros, etc. Está bem então vamos para Caburé. Excelente opção. Ë uma trilha difícil que valoriza demais a água de coco que tomamos em Vassouras. Em Caburé comemos no restaurante Península do Caburé comandado pelo gerente Paulo que é uma excelente pessoa que tem um atendimento muito cordial. Comemos camarões a milanesa e um filé de robalo que pela bitola dava para imaginar que ele no mar se alimenta de tubarões brancos. Como diria meu amigo Chico Maia – De comer gemendo! E nós gememos.

Pela primeira vez voltamos a Barreirinhas completamente saciados do passeio. Infelizmente não fotografamos nossos rostos que estavam completamente cobertos de terra e areia parecendo máscaras de camuflagem.

21 de outubro de 2008

O Alfonso comprou o novo quadriciclo da Honda e nestes dias atrás eu o experimentei e adorei as inovações. O fato é que já encomendei um que ficaram de entregar no dia de hoje então ficamos sem trilha. Não chegou.
Santo Amaro com os franceses também pifou, então marcamos Santo Amaro para amanhã aonde iremos com a Zizi e o Albino e dois guias, o Marcos e o Carlinhos que é filho da Joana que tem um restaurante na Queimada dos Britos, lá deveremos comer a galinha da mãe dele.

Aproveitamos hoje para soltar as águas (detritos e servidas) e repor a potável e eis que quando abro a servida o trinco da válvula quebra. Como eu já tinha pressentido que o Albino era um caboclo jeitoso para arrumar este tipo de fatalidade fomos até lá e não deu outra, achou uma solução muito legal e tudo ficou dez. Que a sorte te acompanhe amigo Albino, a minha com certeza está junto pela felicidade em encontrar vocês.

22 de outubro de 2008

Santo Amaro é uma das grandes trilhas e é a melhor maneira de desfrutar toda a grandeza dos Lençóis Maranhenses.

Aí nós na balsa iniciando esta jornada de dois dias, da esquerda para a direita – Zizi, Iara, na frente Marcos, Albino e no fundo Carlinhos.

Arf como encontrar palavras que pudessem transformar esta viagem em algo que todos entendessem. Não é possível para mim. Tudo é de um surrealismo e cada um sente o seu nível de emoção, isento é impossível creio.
Um banho básico:
Uma visita em Baixa Grande:

A caminho de Santo Amaro, pouca água em relação ao inverno, mas em compensação as areias oferecem um outro tipo de espetáculo:

Chegamos a Santo Amaro já noite e ficamos hospedados na pousada Rio Doce. Depois da janta horrível porque o burrão aqui encomendou camarões da Malásia e eles são enormes e de água doce e o cheiro e gosto de mangue para mim foi insuportável fomos para um baralhinho e com toda a excitação da viagem ficamos jogando até de madrugada.


23 de outubro de 2008

Dorme tarde e acorda cedo é ruim e a manhã começou um pouco irritante, além disto, o vento fortíssimo ficou contra nós dando uma lembrança da Patagônia com a diferença que a quantidade de areia no ar é incomensuravelmente maior.

Conclusão - Grandes erros aconteceram e poderiam ter gerado danos sérios que felizmente não ocorreram, o primeiro foi quando o Carlinhos distraiu-se e caiu no declive de uma duna enorme, graças a sua ótima agilidade conseguiu se manter em cima do quadriciclo e foi muito legal para mim que assisti tudo sentado porque mantenho uma distância segura.

Depois o Marcos deu uma chapoletada na traseira do Albino e que também felizmente não houve danos físicos embora o seu quadriciclo tenha ficado bem amassado. Nesta tensão achamos por bem o Marcos voltar a Barreirinhas e fomos para o Atins comer os abençoados camarões da Luzia para ver se saia a urucaca que estava viajando com a gente. Uma boa siesta depois do almoço e bingo! A bruxa tinha ido embora. Belíssimo fim da tarde com as dunas maravilhosas.
Da direita para a esquerda – Zizi, Albino, eu e Iara, fotógrafo Carlinhos.

Uns beijus com leite condensado e coco e mais uns de queijo fizeram um tapetinho na despedida deste que se tornou um ótimo dia.

24 de outubro de 2008

Dia para atualizar o blog e outras coisas acabou sendo muito movimentado, o Washington veio nos visitar e acabamos negociando o meu quadriciclo em prol de eu comprar um novo na concessionária Honda da cidade. Neste ínterim conhecemos o grupo de franceses que estavam saindo para a trilha. Muito legal o encontro já que domino a língua, não, não falo francês, mas sei dar beijos a francesa que exigem domínio deste músculo.

Também encontrei outro grupo que estava saindo para o Canto do Atins e este de brasileiros. Pessoal animadíssimo sendo que o prefeito eleito e o vice da cidade de Angra dos Reis faziam parte do grupo. O melhor é que já combinamos de se encontrar em Tutóia no domingo quando iremos com o Washington e família que emprestará um quadriciclo para a Iara.

O novo quadriciclo é uma bela evolução da Honda, muito confortável e ainda tem a opção de andar 2x4 o que facilita muito a tocada em pisos comuns.

No final da tarde o Albino e a Zizi vieram bater um papo em casa. Amanhã eles farão o Caburé de barco que é um bom passeio e provavelmente domingo irão embora.

25 de outubro de 2008

Dia de ver a unha crescer como diria o Fernando do casalnaestrada e também de programar o domingo com o Washington para irmos a Tutóia.

Nesta coça coça em um bate papo com o senhor João José (Janjão) meu vizinho ele comentou uma coisa curiosa que eu fui verificar pessoalmente.

O caso remonta ao ano de 1962 e envolve o proprietário do único carro que existia na cidade, um jipe.

O proprietário deste jipe era o Doutor em farmácia e bioquímica Antonio Olimpio de Mello.

Neste dia que eu irei relatar veio o segundo carro na cidade, era da Sudene.

Eis que vinha o Dr. Olimpio pela rua lateral da prefeitura e atravessou o que hoje continua sendo a avenida principal de Barreirinhas e por um acaso fantástico o outro carro estava vindo pela avenida e os dois bateram seriamente. Inclusive a enfermeira que estava no jipe do Dr. Olimpio fraturou a mandíbula.

Os dois únicos carros da cidade e um acidente! A vida quando pode ser uma comédia ela capricha.

O fato é que conheci pessoalmente o Dr. Olimpio e ele é uma pessoa agradabilíssima igualmente a sua família. Mais adiante desta data da fatalidade ele acabou sendo prefeito de Barreirinha e depois disto ainda foi secretário da saúde por duas gestões e com a conversa que tivemos dá para sentir o quão ele foi importante para o povo de Barreirinhas com idéias criativas que até hoje se continuassem sendo utilizadas seriam muito úteis à população.

Eis o nosso nobre cidadão de Barreirinhas por escolha (Ele é natural do Piauí)

De noite fomos à pousada Parknáutico para combinarmos a viagem de amanhã e no bate papo quem apareceu por lá foi o Dr. Milton atual prefeito reeleito de Barreirinhas, boa conversa girou. Agora Tutóia pelo jeito foi para o brejo novamente, Será uma outra trilha, mas de qualquer maneira tenho certeza que o amigo Washington escolherá bem.

26 de outubro de 2008

O grupo ficou interessante e grande, a Marleide esposa do Washington foi junto além dos seus dois filhos e o neto Victor. Também nos acompanharam mais duas pessoas da cidade, o Hilton e o Tetéu. O Washington emprestou um quadriciclo 4x2 para a Iara.

Fomos até a cidade de Paulino Neves que já faz parte do Delta do Parnaíba, trilha difícil e pela foto da Iara tirada na primeira parada para um banho no rio mostra um pouco do que estávamos enfrentando. Uma pena que não bati fotos posteriormente porque nesta ela e nós estávamos limpinhos hehehe, quando chegamos a casa aí sim estávamos completamente irreconhecíveis e encardidos.

Outra aventura de saciar. Andamos muito e almoçamos na trilha em um oásis onde comemos uma deliciosa carne de sol que deixaram todas as outras já comidas encabuladas.

Voltamos por outro lado e digo que no momento não me recordo os locais, pois eram simples referências geográficas.

27 de outubro de 2008

Rotina de casa com lavanderia já pela manhã, de tarde nós fechamos uma viagem para a Barra das Baleias que é o fim dos Lençóis Maranhenses a oeste. Como o Afonso não apareceu nosso guia será o Carlinhos e sairemos quarta-feira pela manhã.

À noite jantamos na casa do Washington juntos com sua família. Infelizmente ele não poderá nos acompanhar nesta próxima aventura porque sua esposa ir amanhã para São Luis.

28 de outubro de 2008

Rotina de folga e alguns acertos para a grande jornada amanhã. Aleluia eu encontrei um santo milagroso que consertou meu e-mail e ainda fez outros ajustes, o nome dele é Carlinhos.

29 de outubro de 2008

Grande surpresa! O Alfonso chegou e vai com a gente. E ainda mais eu falei do Carlinhos da informática e ele o convidou para ir junto. Destino Barra das Baleias o ponto final dos Lençóis Maranhenses a oeste.

Novamente na balsa. Da esquerda para a direita: Mestre Alfonso, Iara, Carlinhos da informática e eu. Quem está batendo a foto é o Carlinhos guia. Duas coisas podem ser observadas nesta foto, uma é a caixa que o Alfonso está levando que é uma antena para celular que será instalada em Queimadas do Brito para a Dona Joana e outra é meu quadriciclo novo.

Repetir a maravilha que é os Lençóis é redundância embora não seja cansativo, de fato com o Alfonso como guia elas são muito mais desfrutadas por causa da sua enorme sensibilidade. A palavra para defini-lo com mais proximidade seria a de um artista que enxerga onde está a beleza maior. Além disto, as suas experiências com as dunas fazem os caminhos ficarem mais emocionantes e macios lembrando em muitos momentos como se estivéssemos em uma gigantesca montanha russa.

Curiosidade – Anos atrás a Petrobrás veio explorar petróleo aqui e alguns dos seus tratores encalharam nas areias movediças e ficaram sendo comidos pelo tempo. Não vi um interesse maior, porém o Alfonso comentou que muitos vinham para cá e usavam-no como um dos motivos da viagem, então vai aí à foto.

Parada obrigatória na Dona Joana, como não podia deixar de ser tínhamos que comer a galinha da mãe do Carlinhos que estava com o molho suculento e uma ótima macarronada para acompanhar. O Alfonso é muito querido por eles e também ao contrário. Depois de uma siesta sentamos para prosear como já fossemos amigos da família e realmente nos sentimos assim. Depois a Dona Joana colocou para queimar umas castanhas (Do caju) que é uma coisa muito curiosa visto que ela tem um combustível muito forte e se auto inflama com muito mais força que a gasolina. Depois se apaga ela na areia e se descasca como mostra a foto abaixo.

Esta tarde estava tão deliciosa que gastei a máquina em mais uma foto até porque a aparece o seu Raimundo marido da Joana, ele está de calção amarelo.

Saímos para Santo Amaro já tarde e então no trajeto em cima de uma duna com o sol já se pondo aconteceu a melhor imagem dos Lençóis Maranhenses, toda a areia com um perolado irradiante, uma piscina enorme esverdeada abaixo e a certeza que tínhamos sido abençoados. Não por Deus seus doidos, abençoados pelo Alfonso que tem a sensibilidade maior de fazer estas coisas acontecerem! Querem fotos hehehe, nós tendo orgasmos múltiplos íamos nos preocupar com este detalhe, nem pensar!

O fato é que o Alfonso também estava neste clima delicioso e mesmo com ele não gostando de viajar a noite pelas dunas foi isto que ocorreu e chegamos a Santo Amaro por volta das nove horas da noite onde nos banqueteamos com muito camarão brasileiro e cama.

30 de outubro de 2008

Acordamos cedo e depois de enchermos os tanques, café da manhã e acerto de conta e partimos para o objetivo que era a Barra das Baleias.

No caminho mais um banho:


É uma bela distância a ser percorrida, no começo a trilha contorna o lago de Santo Amaro e depois vai pelas dunas até sentir que elas estão se escasseando, logo mais se começa em trechos planos onde quase no final temos o rio a esquerda e o mar à direita. E aí está o final dos Lençóis Maranhenses.

A partir da esquerda – Carlinhos guia, Iara e eu e Alfonso e Carlinhos informática. Foto com temporizador.


Voltamos pela praia à procura de algum pescador com peixe fresco e vontade de assá-los para nós. Achamos alguns, mas a pescaria deles não estava rendendo. Para compensar achamos uma caixa de barco para carregar iscas vivas e estava novinha. Não deu outra, o Alfonso já a amarrou no quadriciclo e fizemos outra viagem até Queimada dos Britos para ele dar ela de presente para o seu Raimundo e a Dona Joana onde ela teria muita utilidade.

Com este desvio se atrasamos um pouco e chegamos a Atins para almoço já no fim da tarde.

Bela surpresa o Buna dono da Pousada Rancho tinha recém chegado e podemos desfrutar da sua hospitalidade. Comemos umas porções de siri e camarão a milanesa. Volta noturna novamente o quê nas dunas é fácil de entender porque o Alfonso não gosta. Para nós sem problemas porque era só seguir a marca dos pneus dele.

Fomos os últimos a chegar à balsa e comemos o saldo dos beijus com queijo já que nem coco tinha mais.

Alfonso mil vezes obrigado!

Uma observação interessante fez a Iara sobre os Lençóis – Aqui à gente não vê a paisagem, nós vivemos ela. Graças ao Alfonso of course!

31 de outubro de 2008

Dia da partida mesmo altamente relutante. O fato é que agendei a nossa presença na Stock Car em Brasília dia nove e precisamos estar lá na segunda-feira para nos instalarmos. De qualquer maneira estamos indo bem saciados, nossa estadia foi magnífica e é muito gostoso pensar que logo estarei de volta, mais precisamente na estação das chuvas onde os Lençóis atingem o seu ápice de beleza e o máximo de aventura.

Acertada as contas e dados os abraços de despedida acabamos saindo depois do meio dia

No caminho tirei a dúvida e fotografei o babacão do Guevara, putz não era gente que ele mencionava, era rosa. Deter a primavera, o caboclo conseguiu deixar Cuba em um inverno permanente e ainda virou mártir para os fracos de moleira hehehe. Novamente imagino que alguns imbecis ficarão chocados, bom então me respondam:
- Se o povo de Cuba desejasse mudar o sistema e fosse a luta para isto acontecer o que seria deles?
Fidel faria uma eleição para prevalecer à vontade da maioria?
Mataria qualquer um que discordasse?
Pois é, esta última continua valendo por lá certos seus fãs idiotas!


No fim da tarde já paramos em um posto BR próximo a São Mateus onde nos cederam uma luz excelente que deixou a casa tinindo e mais, um sinal de celular no gargalo e isto possibilitou atualizar a correspondência além de uma navegação nas novidades da F1.

01 de novembro de 2008

Atravessamos o Maranhão por Açailândia e estacionamos para pernoite muito próximo a Imperatriz. O mapa da Quatro Rodas denuncia este trecho como miserável e não é a estrada é confortável embora extremamente perigosa nos seus declives acentuados.

Novamente excelente eletricidade e ótima conexão com a internet. Infelizmente perdemos o treino da F1 porque trocamos as bolas com o horário de verão que não vale neste estado.

02 de novembro de 2008
Viagem tranqüila com ótimo rendimento tirando alguns trechos da Belém/Brasília que estão miseráveis.

Paramos em um dos bons postos da rodovia para almoçarmos um filé com catupiri no pão que estava de tirar lágrimas e já assistimos o GP do Brasil que foi muito emocionante. Imaginar que um piloto ganhe o campeonato ultrapassando na última curva da última volta depois de dezoito grandes prêmios foge de qualquer previsão.

Seguimos viagem até o fim da tarde onde paramos em outro bom posto, nem cito nomes porque nesta rodovia é lugar comum, arrumaram ótima luz e novamente a internet está ótima. Aproveitei tanta boa vontade para lavar por fora o motor-home, ficou dez. Ótima janta de bife, ovos e arroz.

Um detalhe – Nos foi oferecido um estacionamento coberto que tivemos que recusar porque a nossa caixa de água servida não para de vazar.

03 de novembro de 2008

Viagem com alto rendimento, mas fomos vencidos por um calor que os próprios locais estavam sentindo. Ar condicionado ligado e algumas horas de sono gostoso. Para o fim da tarde estrada e já sentia com tranqüilidade que no inicio da noite estaríamos em Brasília. Ledo engano, o último trecho depois que se vira em Uruaçu em direção a Brasília a estrada de ótima cai de qualidade para abaixo de precária e detalhe, é o único caminho. Quase quatro horas para cumprir esta mixaria e chegamos próximos à meia noite na cidade. De lucro paramos na rodoviária central onde fomos comer uns pastéis com caldo de cana na mesma pastelaria do meu tempo de quartel. Estacionamos no autódromo e já estavam parados alguns motor-homes. Banho e cama, amanhã nós estacionaremos melhor.

04 de novembro de 2008

Bela manhã com troca de abraços dos amigos e instalação definitiva da casa.
Já estão aqui o Mário, Alex/Angélica, Chico/Helinda, Pudim, Primo e o Carlão e a Vera.

À tarde a Iara fez o supermercado com a Helinda e a noite nós fomos a pé com quase todo o grupo para uma pizzaria.

05 de novembro de 2008

Pizzaria dos demônios está me fazendo encher o holding tanque.

O6 de novembro de 2008

Dois Imosec pela manhã para fechar o tubo porque o dia promete um ótimo passeio por Brasília desvendando as casas do poder.

Em São José dos Pinhais tínhamos conversado com o deputado federal Luis Carlos Setim sobre a nossa ida a Brasília e aí fomos convidados a conhecer a câmara e o senado. Infelizmente pelo falecimento de um deputado as sessões foram canceladas e ele aproveitou para antecipar a sua agenda no Paraná. Mesmo assim deixou-nos a disposição o seu pessoal do escritório e nós não perdemos a excelente oportunidade de conhecer estes prédios que abrigam o poder. Muito gentilmente um dos seus assessores o Josemar veio nos buscar no autódromo e já no escritório conhecemos a Lúcia, o André e inacreditavelmente um amigo de longa data o Engel.


Muita conversa gostosa e depois fomos todos almoçar um fantástico camarão na associação dos funcionários da câmara. Após o almoço fomos com o Josemar e o Engel visitar a nova ponte que cruza o lago Paranoá e o Palácio da Alvorada. Depois voltamos ao prédio da Câmara onde o André nos levou para conhecer o seu interior, na foto abaixo estamos no plenário:

Muito criativo e funcional um fumódromo a disposição, o André e eu não perdemos a oportunidade:

Plenário do Senado:


Duas coisas me deixaram bastante impressionado, uma a lógica e a grande funcionalidade do fumódromo e outra este quadro retratando o momento da proclamação da República:


Para finalizar uma foto no décimo andar com uma boa vista das cúpulas da câmara e do senado com o Palácio do Planalto à direita.

Nós voltamos ao autódromo com a certeza que iremos receber a visita destes novos e velhos amigos nestes próximos dias.

07 de novembro de 2008

Abertura dos treinos livres e dia de intenso trabalho nas equipes. Revendo velhos amigos e conhecendo novos.

08 de novembro de 2008

Dia de classificação o que para mim é muito excitante já que torço bastante pelo sucesso do Diogo Pachenki e ele não falhou mantendo a pole por um longo tempo até ser sobrepujado pelo Rafael Daniel. Infelizmente quando ele calçou seus pneus novos para a última tentativa foi bloqueado já na pista por uma bandeira vermelha, como o cronômetro não para o tempo acabou, mesmo assim o segundo-lugar no grid é excelente.

Recebemos a visita em nosso motor-home de duas amigas que sempre que possível visitam a stock car como convidadas da ALM Pachenki. A profissão delas é atípica no meio, pois são policiais rodoviários federais.
E juntos com elas e mais uma patota que incluía o Reginaldo Leme e o Luis Roberto fomos almoçar no restaurante do Dedé. Não poderia ser mais gostosa a tarde, tanto o Luis Roberto como o Reginaldo tem um repertório de casos interessantes ocorridos na Globo. Porém duas coisas muito diferentes deram um colorido e humor especial. No primeiro o Reginaldo achou um celular e procurando nos endereços achou um nome – Vaginão. Não deu outra já pedimos que ele ligue para este número (Até então achávamos que este telefone era do piloto Carlos Alves), rindo aos montes e agora não me lembro porque tanto eu como o Luis saímos da mesa e quando eu voltei perguntei se ele tinha ligado, o Reginaldo falou que tinha achado a dona do telefone que era a Dirce esposa do Dedé, não deu outra a mesa toda caiu na gargalhada novamente e eis que volta o Luis e logo atrás dele a Dirce, não sabendo de nada ele também pergunta galhofeiro e o Reginaldo muito sério respondeu que o telefone era dela, ele então se vira muito sério e diz – A é. Minha sorte é que a disenteria que me assolou tinha desaparecido porque esta do Luis disparou a gargalhada novamente e agora que eu escrevo a Iara e eu relembrando o fato não conseguimos parar de rir do rosto que ele fez.

Neste clima descontraído as meninas da policia tiveram que sair. A Iara aproveitou a deixa para ir ao motor-home porque estava prenunciando chuva e nossas clarabóias estavam abertas.

O papo continuou solto e a chuva veio para valer, uma tempestade na verdade que nos deixou presos por umas duas horas que enfrentamos com cafezinhos e alguns com cerveja. Aí venho o segundo caso muito engraçado, deu vontade de urinar no Reginaldo e sair para isto era impossível, daí o Tigur sugeriu que ele fosse a uma fresta do restaurante e mandasse bala que ele já tinha feito isto. E lá foi o Reginaldo enquanto nós ficamos de pé fazendo uma barreira. Bom lá está ele fazendo de conta que está assistindo a chuva quando uma senhora que estava na frente vendo ele sozinho aproveitou para ir lhe fazer companhia. Caímos na gargalhada novamente o vendo cruzando as pernas.

Quando decidimos ir ajudá-lo ele volta em companhia dela. Como ela não estava entendendo nada acabou ficando um pouco constrangida e voltou ao seu lugar. Com isto ele voltou para o canto e se aliviou. Hehehe o Rodrigo fotografou:







A chuva parou e descemos para os boxes aonde vimos os estragos da tempestade, todas as bandeiras que decoram o autódromo foram destruídas e muitas placas estavam entortadas. Onde os motor-homes param estava muito alagado e tudo isto foi nada perante a esta tarde tão divertida.

09 de novembro de 2008

A Stock Car definitivamente é a grande categoria e não só pela fantástica organização, a corrida sobra em emoção tanto na principal como na Copa Vicar.

Assisti a ambas da torre onde se enxerga a pista inteira e muito mais importante que isto em companhia do Ângelo Batistela. Veja pessoal que eu me considero um entendido em automobilismo, eu enxergo com muita clareza a corrida em seu total e simplesmente olhando a maneira que os pilotos fazem as curvas dizer quem é quem. Mas nada como estar ao lado de um caboclo que realmente enxerga que é o caso do Ângelo. Notável como ele domina a visão completa então o meu prazer de duplicou com a sua companhia. O Ângelo dá suporte à equipe Hai do Eduardo Berlanda e Afonso Bastos e chega a cronometrar manualmente onze parciais o que fornece subsídios altamente qualificados para o aprimoramento da tocada.

Belíssima vitória do piloto Ricardo Mauricio que deixou a todos muito felizes porque se existisse um concurso de simpatia ele seria o Senhor eleito com 100% dos votos. Na Vicar o piloto Diogo Pachenki conquistou um excelente segundo lugar e ainda com a volta mais rápida mantendo assim uma possibilidade de ser campeão da categoria.

Almocei com o Reginaldo Leme e o Eduardo Abbas onde aproveitamos para resolver alguns compromissos e depois disto estrada.

10 de novembro de 2008

Viagem muito tranqüila porque errando o caminho vim por Goiânia contra a rota que o Guia Quatro Rodas indica (Cristalina) e isto possibilitou um uso contínuo de uma excelente duas pistas praticamente até a divisa com São Paulo onde isto é natural embora se pague. À noite já estávamos em Bragança Paulista na casa da minha irmã onde pegaríamos minha mãe para trazê-la a São José dos Pinhais.

11 de novembro de 2008

Novamente uma viagem gostosa e rápida e no meio da tarde já estava na base.
Necessitando de um favor do Mário da Trailemar liguei para o seu celular e como bateu na trave liguei para a indústria quando recebi a péssima noticia que ele tinha tido um acidente na estrada. (O acidente foi muito grave, mas no jogo de vida e morte ele ganhou à primeira).
Hoje quando lapido este blog para publicação sei pelo próprio Mário que só as pernas estão machucadas e ele já está no trabalho embora ele tenha inclusive ficado preso nas ferragens.
Hodômetro marcando 54.033 indicando 9.343 quilômetros percorridos.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Corrida do Milhão – Por detrás da Stock


Um milhão de dólares – US$1,000,000.00. Nunca antes neste país uma corrida teve uma premiação neste valor, nem próximo creio e nunca antes pelo meu conhecimento o prêmio tenha sido tão limitado na sua ação, somente o primeiro lugar na corrida receberá tudo. Pelo ineditismo do fato e somado ao fato de ser no Rio de Janeiro cidade que visitei a última vez há quase quarenta anos decidi participar deste evento e levar aos amigos os causos e coisas que acontecem por detrás deste circo magnífico da Stock Car.


In Col we trust – Bela homenagem do Red Bull Bulletin para este genial administrador da Stock Car atual o Senhor Carlos Col.

23 de agosto de 2008 (Sábado)

Saí de São José dos Pinhais após o almoço com destino ao Rio, viagem maravilhosa e parei para dormir na via Dutra no posto Graal Clube dos Quinhentos. A BR116 entre Curitiba e São Paulo é uma amante antiga que agora em vésperas de privatização está fazendo uma boa plástica e a Dutra já é a rodovia que mais gosto de andar a muito tempo.

24 de agosto de 2008 (Domingo)

Acordei cedo o suficiente para assistir o basquetebol Espanha x USA um show dos profissionais americanos muito valorizados pela excelente equipe espanhola que fizeram um espetáculo. Até o fim não se podia dizer quem seria o vencedor ao contrário da F1 em Valência que assisti no posto dos Mamões (Último antes da serra das Araras). No sábado já tinha assistido a GP2 e vi que mesmo o circuito sendo grandioso tinha uma limitação enorme para qualquer ultrapassagem então o pole provavelmente seria o vencedor e não deu outra, tirando o Kimi que quebrou até o oitavo as posições permaneceram as mesmas da largada. No primeiro pit vendo que nada tinha mudado fui embora para curtir esta serra maravilhosa. A primeira curva da descida já se deslumbra uma fotografia de cartão postal, um êxtase!

Próximo ao Rio liguei para o meu amigo Edenilson Penco que mora na ilha do Governador e combinamos se encontrar em x lugar para ele me comboiar até o autódromo, obviamente para não variar eu errei e ele me achou em São Cristóvão. Até que foi sorte, pois viemos pela lagoa Rodrigo de Freitas e outros lugares que fazem o Rio justificarem este apelido de cidade maravilhosa.

O autódromo inicialmente dá uma impressão de abandono, coisa que muda rapidamente para a certeza do fato. Porém este abandono está em detalhes mínimos facilmente corrigíveis. Aproveitamos para dar inúmeras voltas no circuito tanto de quadriciclo como com o carro do Penco. Neste dia os únicos que estavam trabalhando no autódromo era o pessoal da Corlumb (Prefeitura) fazendo uma geral e pelo ritmo empregado imagino que irá precisar de um milagre para mudar a fisionomia dele.

Mais adiante saímos para irmos passear e comprar algumas coisas que me faltavam na farmácia. Uma delicia a areia da praia (Talco) na Barra da Tijuca e um mar verde claro com ondas altas fazendo a decoração. Um ótimo sanduíche para janta coroou este passeio.

O ponto alto em curiosidade foi o fato de voltarmos para o autódromo próximo as 22:00h e encontrarmos o portão fechado e ninguém para atender. Mais de uma hora depois chegou um rapaz que trabalha na colocação de publicidade recém chegado de São Paulo e daí depois de mais um longo tempo de espera o convencemos a saltar a cerca e ir procurar ajuda lá dentro. Aí a coisa pegou, ou melhor, os seguranças o pegaram lá dentro e tudo ficou uma confusão, o grupo dele já tinha saído, ele preso do lado de dentro e eu do lado de fora proibido de entrar sem autorização do Valtair (Administrador) que tinha saído e estava com o telefone desligado. O Luis chefe momentâneo decidiu que eu não entraria e o caboclo da publicidade teria que sair. Depois de muito tempo negociamos que o Edenilson levaria o rapaz a um hotel e eles me escoltariam para dentro para confirmar que minha casa realmente estava estacionada no autódromo. Final feliz e curioso pelas sutilezas do comportamento humano.

25 de agosto de 2008 (segunda-feira)

Dia de recuperar sono, excelente energia elétrica e água só no mar, o autódromo é dependente de carro pipa. O restaurante do Dedé já está montado o que resolve meu problema de alimentação.

No final da tarde chegou um grupo de motor-homes e a noite nós confraternizamos comemorando o aniversário da Vera esposa do Carlos, ambos assessoram os pilotos Cristiano Federico e Renato Russo da Stock Light. Na foto o Carlos e a Vera depois dos parabéns.



26 de agosto de 2008 (terça-feira)
Manhã lindíssima e depois do café aproveitei para dar inúmera voltas de quadriciclo pelo autódromo, traçado delicioso com ótima qualidade de asfalto. Minha impressão é que pela facilidade de adaptação e volume de locais para se tentar ultrapassar será uma corrida forrada de acidentes, veremos...

Pela manhã recebemos a visita do Luciano Huck e da triatleta Fernanda Keller, como fazem usualmente eles pedalam no circuito. Muito simpáticos ambos e passei alguns momentos conversando com eles, depois eles foram treinar me autorizaram a fotografar.


O autódromo começa a ter cara de quem vai receber um grande prêmio, ainda falta muito e o tempo está com jeito de chuva.

27 de agosto de 2008 (quarta-feira)
As carretas trazendo os carros começaram a chegar assim como mais alguns motor-homes, ambiente descontraído com muita conversa. A tarde veio meu amigo Edenilson Penco e juntos conferimos todos os avanços no autódromo. A maquilagem mascara mesmo ainda que falte muita coisa.
À noite assisti pela Virtual TV (Computador) ao vivo a corrida de longa duração (Spa-Francorchamps) em comemoração a primeiro aniversário do site SRB, foram quatro horas de emoções e o Edenilson Penco que fez dupla com o Celso Zima foram ao pódio com o terceiro lugar. Em primeiro ficou a dupla Beto Monteiro e Ricardo Silva. Este Beto é o mesmo que foi campeão e ainda compete na Fórmula Truck. Em segundo ficou a dupla argentina Acevedo e Andujar.

28 de agosto de 2008 (quinta-feira)

Agora a montagem está acelerada e as grandes equipes estão prontas, o autódromo a plastificação o deixou com cara de recebedor de um grande prêmio. Todos os componentes do circo estão aí e fofocas e previsões são trocadas constantemente.
O conflito da água continua, caminhões pipas abastecem constantemente e hoje completei a minha caixa.
Todos aqui também se filiaram a campanha de doação de sangue, todas as noites milhões de mosquitos nos sugam freneticamente.


29 de agosto de 2008 (sexta-feira)

Dia maravilhoso! Até a Minon acabou de entrar na testeira do carro do piloto Diogo Pachenki.






(Foto Ângelo Batistela)
Recebi a visita do meu amigo Cesquim que trouxe o seu filho Marcelo para o primeiro contato na categoria, recém completou os dezoito anos e já tem um titulo de campeão paranaense de velocidade na terra e lidera o campeonato deste ano também. Aparentemente nada o irá impedir de estar no grid do campeonato do ano que vem.
Pensei que seria simples fazer uma descrição deste período e não está sendo, são tantas conversas, tantos encontros que quando volto para casa só um banho e cama vem ao pensamento. Fotografias eu não faço porque a máquina fotográfica inibiria esta situação de intenso companheirismo, mas para dar um colorido coloco a foto que o meu amigo Aco Prata bateu por ocasião da última Stock em São Paulo. Há algum tempo o Luis Roberto e eu encontramos uma afinidade que sempre dá um grande prazer quando nos revemos e o Edison é uma simpatia impar, como os revi hoje e a cena se repetiu que fique esta foto como lembrança.



(Foto – Aco Prata)
30 de agosto de 2008 (sábado)
Com tanta coisa boa acontecendo e eu acordo sentindo-me miserável, os dias anteriores já andava com dores de cabeça bem chatas embora a Cibalena em doses maciças estivesse controlando. Enfim era uma gripe me pegando de jeito na hora errada. Muque nas doses de Cibalena e vamos ao prazer, tempo esquisito intercalando chuva e fases secas prometendo treinos de qualificação confusos.
E não deu outra, o Diogo Pachenki que estava confiante na pole rodou nas tentativas principais e em uma situação que não combina com suas qualidades de pilotagem terminou em décimo nono. O meu outro favorito na categoria principal o piloto Átila Abreu comeu bola em não sair imediatamente para a volta rápida já que o céu estava explodindo em nuvens de chuva e também amargou uma largada na 31º posição. Mesmo fazendo caca o carro do Diogo Pachenki estava bonitinho, o nome MINON combina.
Foto Vanderlei Soares
Terminado o classificatório me recolhi ao motor-home onde adormeci até o dia seguinte e mesmo que alguns companheiros batessem na minha porta para perguntar se eu tinha alguma necessidade era só o tempo de eu pôr a cabeça na janela para mostrar que ainda estava vivo e retornar a cama.
Soube posteriormente que o Reginaldo Leme e outros amigos foram lá também até porque como usualmente acontece o Wanderley pai do piloto Eduardo Berlanda oferece uma recepção no seu motor-home e o seu carinho mais a sua carne diferenciada junto com o chope tirado na hora fazem todos passarem bons momentos de confraternização.

31 de agosto de 2008 (Domingo)

Acordei sentindo que a coisa poderia ficar pior para mim, a gripe algumas vezes acaba me fazendo vir uma sinusite e quando esta última me ataca fico até impossibilitado de dirigir. Então debaixo de chuva fui avisar o Mário e alguns outros companheiros que iria embora enquanto me sentia em condições, o Alexandre gentilmente me deu o número do seu celular para no caso de eu precisar de ajuda na estrada ele iria me socorrer já que o Mário ficaria no Rio porque semana seguinte o piloto Alceu Feldman iria correr na GT3.

Saída muito fácil para a Dutra, simplesmente se pega à linha amarela (pedagiada) e depois a linha vermelha. Tomei café já no estado de São Paulo assistindo a corrida pela televisão com a vitória do Valdeno Brito. Ele por sinal é um ótimo piloto virtual então sua vitória tinha um significado especial para a nossa categoria. Como não estava lá para dar um abraço no milionário fica a foto que fizemos juntos em São Paulo.
Foto – Alex Almeida
Infelizmente para mim houve um desgosto quando ele comentou para o repórter que devia esta vitória a Jesus arf! Acho uma prepotência dizer-se escolhido do divino em prol dos outros trinta e três pilotos que obviamente no seu ponto de vista não mereciam a mesma graça que ele.

Continuei a viagem que mesmo doente estava dando muito prazer e fiz a volta em duas pernadas dormindo no posto Graal Buenos Aires. O motor-home tem poderes paliativos miraculosos hehehe. Mais a doença ainda está comigo e hoje dia cinco ainda continuo me sentindo mal então eu e a Iara iremos logo após a etapa de Curitiba da Stock (Inicio dos playoffs) para os Lençóis Maranhenses onde a Santa Mãe Joana faz curas com camarões.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Lençóis Maranhenses

Este relato faz parte da viagem relatada em “Viajando Brasil – 2008 e Viajando Brasil – 2008 - II

23 de maio de 2008

Saí de madrugada próximo às quatro da manhã até para dar tempo de secar a lambança que fiz no chão. Mansamente fui deixando São Luis e vejam que grata surpresa, uma caboclo na beira da estrada vendendo café da manhã! E um ótimo café com leite e uns bijus para completar. Como uma terra com pessoas assim podem escolher um Sarney para governá-los?

Virei para Barreirinha e desanimei, a estrada é boa, mas forrada de lombadas, incrível basta uma casinha de terra batida que lá vêm lombadas inclusive duas que podem ser consideradas as maiores do Brasil senão quiçá do mundo, na volta irei fotografá-la. Onde podia errar o caminho errei nada grave e mais gente errava junto.

A emoção me pegou forte quando:

Na cidade parei no posto BR logo na entrada para abastecer e colocar água e novamente a sorte minha de ter exigido um bocal grande para ela, novamente a mangueira era de uma bitola larga e a água impulsionada por motor, vapt-vupt e a caixa estava cheia. Parada chave esta porque conversando com o pessoal para saber meus próximos passos já chamaram um menino que é guia oficial e tudo se resolveu. Tenho dois passeios marcados para os próximos dias e sou residente temporário de Barreirinhas com direito a conta de luz:

Já almocei o meu camarãozinho básico e escrevo enquanto estou aguardando o pessoal Cemar vir ligar a luz. Meu endereço em Barreirinhas aqui ó:

Tudo instalado enquanto esperava meu guia aproveitei uma gráfica próxima e mandei confeccionar uns cartões de visita atualizados e já com esta foto acima, por doze reais evito um monte de me empresta caneta e papel.

Neste ínterim conheci o Senhor Washington que estava com um quadriciclo igual ao meu e aí a coisa rendeu um monte, ele visita Lençóis há dezoito anos e mora aqui a nove, conhece tudo. Quase certo que nós iremos fazer umas trilhas juntos embora ele tenha me convidado para este domingo e aí tem F1 Mônaco além de eu ter fechado um pacote para de tarde ver a Lagoa Azul e o pôr de sol. De qualquer maneira a trilha vai dar certa porque tem uma outra pessoa que aluga quadriciclos e faz trilhas todos os dias então é só uma questão de combinação.

Mais tarde sai com o Julio meu guia para conhecer as melhores pousadas e restaurantes da cidade e já sei em que pizzaria eu irei jantar. Amanhã passo o dia nas dunas e por lancha irei até o mar, volta programada à tarde.

24 de maio de 2008
Tchan, tchan, tchan, fiz café no motor-home, um cappuccino em pó é verdade, mas tive que esquentar água. Aproveitei antes que me viesse buscar de lancha (Por sinal estaciona a uns dez metros do motor-home no rio Preguiça) levar a roupa suja na lavanderia esta era mais longe uns vinte metros e descobri uma panificadora que serve café da manhã desde a madrugada. 

O passeio de lancha vai pelo rio Preguiças até a praia de Caburé onde se divide por uma faixa de areia mar e rio. Paramos antes nas famosas dunas que é realmente uma visão impressionante, subi à primeira delas e voltei porque a minha língua ficou muita de fora e com isto ela raspava na areia. Fiquei na sombra com minha água de coco vendo uns macaquinhos fazerem arte ou ao contrário os turistas fazendo arte e os macacos assistindo hehehe. 

Na praia do Caburé almocei uns camarões fabulosos e depois sai para ir à praia, quando eu vi que ela era a mais de cem metros de distância quase desisti, por sorte alugavam quadriciclos ao lado do restaurante então... 

O resto da tarde soneca na rede e a volta por este belo rio. Noite uma pizza grande que sumiu inteira. 

25 de maio de 2008

À noite tive umas quedas de energia, depois vi que era mau contato na minha tomada interna, mexendo um pouco ela ligava novamente, como é dia de F1 a primeira coisa depois de tomar café (hehehe segunda vez que eu faço) foi tentar dar um jeito nisto, despuglei a tomada só que troquei as bolas, a que desliguei desconectava a casa e não a rede. Conclusão eu tomei um choque que me deixou iluminado. Deixei meia boca e amanhã vou desmontar o sistema e depois de foder com tudo eu chamo um eletricista. 

A corrida foi um show e para entendê-la teria que assistir mais um par de vezes tais as variáveis que ocorreram. Já no final dela sem eu ter feito nada a televisão perdeu o sinal. Nem pensei muito e corri no vizinho perguntando se ele tinha televisão e se estava ligada, ufa ele também estava assistindo a corrida. Na volta tentei achar o defeito e neca. Isto significa sem televisão comum até a volta a base.

Logo após o almoço fiz a excursão programada para os Grandes Lençóis, o Toyota veio me buscar em casa e junto com um grupo muito legal de gente de vários estados do Brasil. O carro tem uma plataforma atrás que o transforma em uma jardineira e vai para lá por trilhas dificílimas com trechos alagados que ele supera muito bem. Um ótimo passeio com um visual que para variar a fotografia massacra. 

Ficamos até o pôr do sol e na volta quando paramos para esperar a balsa comemos uns beijus com coco e leite condensado deliciosos. 

Amanhã além da lavanderia não tenho mais compromissos marcados e a trilha com quadriciclo acredito que deixarei para outra oportunidade. Como terei que fazer negociações em Belém com a balsa é melhor pegar dias úteis para poder acertar com tranqüilidade aquilo que é o objetivo número um da viagem.

26 de maio de 2008
Rotina matinal e saí para procurar uma tomada fêmea com dois buracos grandes para substituir na entrada da eletricidade na casa. Já está sendo um prazer andar na cidade, é olá para todos os lados e nem bem andei um pouco já encontrei o Didi que eu tinha conhecido no passeio de ontem e fomos nós revirarmos em todas as lojas, só uma tinha uma caixa próxima do que eu precisava, infelizmente era só de machos. Na lavanderia minha roupa ainda não estava pronta então voltei em casa a fim de ajeitar as coisas e eis que chega o Washington me convidando para ir para a trilha YES! Vapt-vupt sacola pronta, quadriciclo fora, casa fechada e se mandamos para o posto completar combustível e óleo. Por uma sorte imensa o posto não tinha óleo para os quadriciclos então fomos procurar o Alfonso, uma pessoa que mantém doze quadriciclos de aluguel e na cidade já tinha me falado que ele era um guia excelente. Aí começa uma história excepcional, são quase nove horas da noite e acabei de chegar da viagem que começou ontem e se transformou no melhor passeio ou aventura da minha vida e digo, também deve ter sido para todos que já o fizeram. Então sem banho ainda passo a descrevê-la.

Os personagens são: 

Alfonso Henrique Leal – Proprietário da Tropical Adventure, Lençóis sem ele passa a ser um guardanapo bonitinho, com ele uma aventura para nunca esquecer. Altamente motivador nos parecia como também fosse sua primeira vez neste paraíso tal o seu amor pelo local e pela sua profissão. Na foto à esquerda. http://www.tropical-adventure-expedicoes.com/

Marcos – Guia da empresa, rapaz simpático e prestativo, fica sempre atrás para ajudar a quem tiver alguma dificuldade. Também é guia líder na falta do Alfonso. 

Danilo e Sandra – Ambos médicos com especialidade em otorrinolaringologia, nunca andaram em um quadriciclo ou motocicleta apesar do Danilo confessar que em tenra idade ganhou um triciclo de pedal. A Sandra foi fundamental para que esta viagem ocorresse, foi ela que veio com desejo de conhecer Santo Amaro e assim o Alfonso preparou esta viagem para eles. Tem a sua base em Belo Horizonte e comem pouco queijo. 

Eduardo – Advogado em São Paulo, já conhecia os Lençóis e venho para cá desta vez unicamente para fazer esta expedição de quadriciclo. Tem como hobby a pilotagem de motocicletas em corridas de enduro e MotoCross. 

Washington de Sousa Fragoso – Quis o destino que o nosso encontro fortuito desencadeasse a série de coincidências que possibilitaram esta bela aventura. Ele é dono da pousada Parknáutico e tem um excelente suporte para motor-home de qualquer tamanho.

Seu endereço eletrônico é http://www.parknautico.com.br/intro.html e o e-mail parknautico@hotmail.com

Tal como eu nós temos o seu próprio quadriciclo. 

 João Leopold – Profissão anterior comerciante aposentado e a partir de agora propagandista oficial dos Lençóis Maranhenses, melhor propagandista oficial da Tropical Adventure e do Alfonso. 

 Chegando à base do Alfonso que têm uma boa estrutura com posto de combustível, oficina, loja de conveniência, etc. lá nós encontramos o mesmo e os outros em preparos finais para saírem de viagem e daí nos convidaram para irmos juntos. Como Santo Amaro já fazia parte das viagens que o Washington queria fazer aceitamos prontamente e chispamos para a minha casa para eu completar o resto de material da viagem assim como o Washington também. Combinamos se encontrar na balsa como de fato ocorreu. 

O começo efetivo são trilhas através de um mangue gigantesco que por ser temporada das águas ficam alagadas. Primeira vez na vida de chapéu. 

 

Muita água depois entramos efetivamente nos Lençóis Maranhenses. 

Uma explicação para estas fotos – Elas são os resultados do enorme profissionalismo do Alfonso, são setecentos e oito fotos, enquanto ele lidera a expedição é comum ficar de pé no seu quadriciclo andando e se virar para fotografar. Importante dizer que ele é piloto profissional de quadriciclo e tem excelentes classificações no Rali dos Sertões. Na mesma noite da nossa chegada ele nos entregou os dois cds com elas como presente. Eu mesmo bati uma única foto que é justamente aquela que está em cima mostrando o Alfonso e o Marcos. 

Já nas dunas: 

Primeiro banho. Um sonho, água translúcida por cima esverdeada e por baixo de um azul cristalino em uma temperatura ideal. Calculamos que poderíamos escolher entre as sete mil piscinas aquelas que melhor nos conviesse.

 

Não se desassociem do tempo, são horas de viagem e nada se repete. Em cada trecho são tantas emoções que não é incomum a quem faz este passeio derramar lágrimas perante a tanta beleza e por estar participando dela. Eu mesmo enquanto escrevo é comum elas escorrerem. Ter vivido isto é como uma expiação, o tribunal da vida me julgou inocente e a sentença fui eu poder usufruir a magnitude destes Lençóis Maranhenses.

 

Uma das cascatas (Tudo água doce) a beira do mar, é tanta água nos Lençóis que ocorre estas situações curiosas.

 

Constantemente atravessando água, Lençóis têm duas estações definidas que são inverno e verão, a primeira é porque chove e gera este tipo de espetáculo, a segunda é caracterizada por nenhuma chuva, as piscinas ficam raras e em troca as dunas ficam completamente brancas fazendo um outro tipo de espetáculo. Abaixo com o mar fazendo o fundo.

 

Paramos para o almoço em uma cabana de pescadores nômades, eles se estabelecem no inverno próximo à praia e longe de tudo e vivem da pesca salgando os peixes. No verão como o mar e o vento ficam muito fortes também eles se locomovem para a terra e cuidam de lavouras. Uma vida muito simples e preciosa. 

Ninguém de nós levou coisas para comer então eles fritaram uns peixes para nós. A situação virou motiva de risadas por um longo tempo porque os peixes servidos estavam salgados absurdamente e daí em diante tudo que íamos comer em outros lugares brincávamos que queríamos com bastante sal. A rapaziada acabou fritando uns peixes frescos que usam para eles obviamente e estes estavam deliciosos. 

E a viagem continua e muita água no caminho para a nossa alegria hehehe. Se observarem o Marcos está a pé, afinal alguém tinha que ver o quanto fundo a coisa ficava. 

E a viagem continua: 

Aja água embora isto não impedisse de eu manter meu cigarrinho aceso. 

Chegamos a Queimadas dos Britos, Dona Joana que aparece na foto abaixo é artista de cinema internacional, uma grande companhia fez um documentário sobre os Lençóis e ela apareceu. Também estamos no meio deste imenso santuário e depois de todo aquele peixe salgado a Coca que ela vende fica com um sabor inesquecível. 

E a viagem a Santo Amaro continua. 

As dunas voltaram. 

Abaixo uma tartaruga que o Alfonso diz ser comum por aqui embora tenha sido a única que vimos. O curioso nesta cena não está registrado, o Marcos que estava segurando a tartaruga avisou – Olhem o quadriciclo descendo! Era o do Eduardo que tinha deixado ele desengatado e sem freio de mão e estava disparando pela encosta da duna em direção a lagoa. O surreal da situação foi que ninguém se mexeu até porque ele já estava inalcançável e ficamos dividindo o olhar para a tartaruga e para o quadriciclo esperando o momento que ele entrasse na água. O fato é que eles são tão estáveis que nem sozinho conseguiu fazer alguma coisa errada, quando já próximo à água o guidão virou e ele acabou parando na beirada sem nenhum dano. 

Anoitecendo e ainda tinha chão até Santo Amaro. 

Chegamos a Santo Amaro a noite e fomos direto para a pousada, todos com o espírito em alta e diria que até ansiosos pelo dia seguinte. O Eduardo e o Alfonso que sabiam lidar bem com suas máquinas fotográficas já arrumaram uma televisão para assistirmos as fotos. Deslumbramento geral e muitas conversas, fato é que fomos dormir bem depois da meia noite. 

27 de maio de 2008 

Seis horas eu já estava de pé, o Washington já tinha saído para fazer compras e logo em seguida o Alfonso e o Marcos apareceram e de saída botamos gasolina nos quadriciclos. Um ótimo café da manhã com uma parada em um mercado para repor água e outras coisinhas e iniciamos a volta por outro caminho. 

Em alguns lugares passamos por areias movediças e isto me impressionava, até porque recentemente tinha relido Papillon e estava viva na memória a morte do seu companheiro de fuga em uma delas na costa da Venezuela que fica um pouco acima daqui. Senti várias delas e com o quadriciclo não tem problemas maiores agora a pé à coisa impressiona. 

Uma paradinha básica para ver a paisagem, trocarmos figurinhas, tomarmos água e fumar um cigarrinho. Os quadriciclos são muito estáveis então efetivamente fazíamos isto andando e a paisagem nós podemos curtir ela tranquilamente porque uma regra implícita é seguir os rastros do líder, as dunas pregam peças e elas podem machucar de verdade, por uma ilusão de ótica não se percebe que ela de repente cai quase noventa graus em uma altura que às vezes chega a mais de cinqüenta metros. 

E a jornada de retorno continua este tipo de alagamento que estamos passando na foto abaixo é o mais propício para areia movediça. 

Mais uma parada para banho. 

Algumas cenas me lembravam o filme Dersu Uzala que se passa nas estepes siberianas. 

Tudo feito com segurança, cada vez que a cabeça do Marcos sumia na água mudávamos o trajeto. 

A travessia nas piscinas era ótima, areia firme embaixo e água transparente. 

Chegando para almoço na Dona Luzia. 

A Dona Luzia tem este restaurante e pousada longe de tudo, porém a sua fama diga-se totalmente justificada de ótimos camarões na brasa já atingiu o mundo inteiro, todas as grandes companhias internacionais que filmaram os Lençóis almoçaram aqui e do Brasil o pessoal da Rede Globo também quando além dos documentários fizeram uma novela (?) chamada Casa de Areia, aliás, nem entendi o titulo, será porque só os Grandes Lençóis tem 155.000 hectares de areia? 

Abaixo já comidos e reiniciando a viagem. 

O visual mudou novamente, agora estamos passando por lugares com dunas imensas, alucinante o que vemos e que tão pouco a fotografia mostra. 

 

Começa o anoitecer. 

No mangue à noite, delicioso trajeto! 

Na balsa cruzando o Rio Preguiça.

 Ainda deu tempo de visitarem minha casa. 

A noite ainda não tinha terminado, além de ficarmos um longo tempo batendo papo quando todos se dispersaram eu comecei a escrever este relato e ainda excitado decidi sair para jantar e não deu outra logo em seguida encontrei a Sandra e o Danilo onde comemos umas pizzas juntos. Não demorou muito e apareceu o Alfonso com os cds de fotografias, infelizmente ele não podia ficar, pois já estava indo para São Luis porque a vida dele continua e amanhã serão novos privilegiados na trilha. Então fomos ao hotel onde estava o Eduardo e se despedimos novamente. 

28 de maio de 2008

Rotina matinal seguida de ir para a base do Alfonso para lavar o quadriciclo e trocar o óleo. Chegando lá o Marcos já estava quase pronto para levar um outro grupo para o Canto dos Atins percurso de um dia. Conversei com o grupo que ia e descobri que eles já tinham feito à trilha e apenas voltaram para repeti-la. Que vontade de ir junto! Não fui porque senti que era necessário escrever e de qualquer maneira irei fazer este passeio outro dia. 

Almocei na casa do Washington e de tarde voltei para escrever e selecionar as fotos. 

29 de maio de 2008

Rotina matinal e arrepios de ver a casa bagunçada, quando eu a varrer irei levar a areia para fazer uma nova duna que batizarei de Minon que é meu patrocinador oficial. 

Escrevi pela manhã e depois fui procurar o Marcos que já tinha saído para a trilha novamente então fui resolver outras coisas como prorrogar minha conta de luz, comprar cigarros, etc. Almoço e soneca. 

À tarde visitei meu amigo Washington na pousada Parknáutico enquanto esperava o Marquinhos voltar da trilha. Quando ele chegou já combinamos uma nova trilha no sábado até porque antes eu fui ao escritório principal para saber se havia agenda marcada para turistas e tinham dois encomendados. Explico porque isto, como eu tenho quadriciclo eles me deixam acompanhar sem custos. Amanhã uma turista alugou todos os quadriciclos apenas com o intuito de fazer uma viagem solo com o guia, me confirmaram que isto é comum de acontecer. 

Jantei com o Washington seguido de cinema. 

30 de maio de 2008

Continua a faina de escrever este blog e também aproveitando que a internet está camarada enviando algumas fotografias aos amigos. No resto rotina de morador de uma cidade pequena. 

 

 

E faço isto tudo com Jesus me refrescando.

 

À noite o Alfonso e o Marcos vieram me visitar recém chegados da trilha onde foram levar a turista que mencionei acima, não tenho a liberdade de dar detalhes, pois trata-se de uma princesa e fez parte do acordo deles o sigilo. Uma interessante estrutura foi montada porque ela foi para as dunas de Land Rover e somente lá usou o quadriciclo. Como o Alfonso confirmou a nossa viagem amanhã (Iremos com seis quadriciclos) é quase certo que terei mais alguns detalhes de quais foram às impressões dela. 

31 de maio de 2008


Eu seria capaz de fazer todos os dias estes passeios pelas dunas, que sensação fantástica de aventura e belezas sembra una cartolina! 

O percurso até o Canto do Atins é diferente do que realizamos a Santo Amaro e o ponto final da expedição é no Rancho do Buna. Nesta pousada almoçamos e a tarde volta. Confesso que o primeiro grupo para Santo Amaro foi uma companhia bastante melhor por dois fatores, o primeiro era o Alfonso batendo as fotos então o ritmo de todos era muito legal e hoje ao contrário as duas jovens senhoras que foram queriam bater as fotos elas mesmas e aí a coisa fica mais esquisita. E segundo um senhor que não entendi qual o relacionamento familiar se marido ou pai porque uma delas o chamava de pai, mas como já vi em outros casais este tratamento entre marido e mulher eu fiquei na dúvida, aliás, gostaria que Freud explicasse o uso destes termos, imagina na cama - vem aqui paizinho e meta este trabuco! Aí mãe! Mais rápido... Bom o fato é que ele mesmo que isto seja inimaginável não estava gostando da aventura ces’t la vie. 

Como já tenho em mente um retorno em breve para cá planejo combinar com o Alfonso esta expedição que visa dissecar de ponta a ponta os Grandes Lençóis e os Pequenos e escolher bem os parceiros. É muito interessante ter um pessoal prestativo junto, hoje mesmo por duas vezes eu socorri companheiros que encalharam e quando foi minha vez aconteceu de estar sozinho e último da fila. Pior ainda avisei o da frente que iria parar para dar uma colaboração às águas dos Lençóis. Então quando fui alcançá-los tinha um rio e eu não sabia o lugar onde eles tinham passado, optei pelo canto lógico e por algum erro escorreguei para o centro afundando demais o quadriciclo. Nisto também inexplicavelmente o motor morreu (Pensei imediatamente que havia entrado água no respiro do motor dando calço hidráulico), sem perder a cabeça pulei fora dele e isto o fez imediatamente flutuar comigo apenas o segurando, tentei um grito pedindo ajuda só por desencargo, pois nem ouvia o barulho dos motores. O negócio então era o empurrar até alguma coisa sólida coisa que fiz lentamente naquele mundaréu de água. Por uma sorte que me beneficia inúmeras vezes e até para passar tempo dei na partida e ele rodou o motor, ufa daí foi só encontrar um lugar mais raso e monta-lo. 

Para finalizar e induzir a você que leu esta aventura fazer ela eu coloco o que eu acho importante: 

- Nestas duas viagens seis companheiros (Três homens e três mulheres) nunca tinham andado de quadriciclo e isto não impediu em nada deles usufruírem bastante porque o aprendizado é muito rápido. 

- Todas as situações são muito bem administradas pelo Alfonso, só arrisca se machucar quem desobedece às regras e mesmo assim é difícil tal a estabilidade do quadriciclo e de seu poder de frenagem. 

- Poderia se temer o sol equatoriano e a grande exposição que somos submetidos, bom eu sou branco e para competir comigo só sendo albino e cá estou eu feliz e sorridente sem ainda ter descascado um pedacinho de pele durante toda esta viagem. Aqui efetivamente usei protetor solar fator 30 e foi mais que suficiente para eu estar protegido e intacto. 

- Preparo físico. Neste item eu sou campeão de levantamento de cigarro, de arremesso de xepa não mais porque o amor pela natureza impede este vandalismo. Eu levo uma vida sedentária ao extremo e músculos eu conheço só na sopa e mesmo assim afirmo que nenhuma dor ou cansaço eu senti e posso falar isto também dos companheiros que chegaram todos absolutamente intactos. 

- Ninguém teve nenhum tipo de machucado, arranhão ou indisposição. Só uma quase tentativa de assassinato de uma garota que nem era do nosso grupo. O que aconteceu é que a amiga dela derrubou a câmera fotográfica no rio Preguiças. Segundo o balseiro aquela era septuagésima câmara que caiu lá e foi se juntar com os 4.280 óculos escuros perdidos da mesma maneira. 

Amanhã sigo em direção a Belém.