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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Lençóis Maranhenses – Dedicado a Joana!


A Joana colocada entre as pessoas da minha vida brilha com uma intensidade que facilmente digo: ela é a minha estrela maior.

Nossa vida teve e tem fortíssimas ligações profissionais e neste respeito acabou gerando um amor profundo e o desejo de ambos em fazer o outro feliz.

Esta história começa quando eu tão repetidamente falava dos fantásticos Lençóis Maranhenses que para minha surpresa a Joana me avisa que tinha comprado um pacote turístico para lá.

Os Lençóis para turista comum é um miserável guardanapo, consiste em uma visita a Lagoa Azul com jardineira Toyota e um passeio de barco até Caburé pelo rio Preguiça. Se o turista gostar de lombadas na estrada ele tem um translado terrestre de aproximadamente 240 quilômetros em que o volume de lombadas se estendidas asfaltaria a trans amazônica. Uma delas deve ser inclusive recordista de altura neste quesito. É o pior turismo custo/beneficio que conheço a não ser...

A não ser que conheça o Alfonso (E isto nem mais, explico abaixo).

Como da última vez que estive nos Lençóis ficou uma mágoa com o Alfonso decidi ligar para o Marquinho para que ele acompanhasse a Joana naquilo que é o melhor dos Lençóis, viajam de quadriciclo. Ele já foi meu guia em inúmeras jornadas e é uma cria legitima do Alfonso. Liguei e quem atendeu foi a Jacira que me comunicou que ele não estava mais em Barreirinhas.

Minha preocupação foi a mil, poderia ligar para o Alfonso, mas a responsabilidade dele e seus afazeres jamais o fariam dar a atenção que eu gostaria a Joana tivesse. Não tive dúvidas, alguns dias antes eu peguei meu carro (eu estava sem motorhome) e fui esperar ela em Barreirinhas.

Entrei em Barreirinhas e fui direto procurar o hotel que fazia parte do pacote dela (Se não me engano chama-se Pousada do Rio) para eu me localizar e qual foi a surpresa que a primeira pessoa que encontro foi o Marcos. Baita surpresa e depois as explicações, o mesmo não foi para São Luis e sim tinha saído da Tropical Adventure (Alfonso) para ser autônomo como guia e a Jacira como manda as regras fez o correto sepultando-o vivo.

Situação resolvida aparentemente porque o pior foi saber que os Lençóis estavam barrados para a entrada de visitantes pelo Governo Federal com a fiscalização do IBAMA. A decisão deles foi completamente errada e o curioso disto é que vim, a saber, com detalhes o porquê.

Eu ia ficar hospedado no Porto Preguiças Resort, se quiserem ver a maravilha está ai o endereço http://www.portopreguicas.com.br/site/ e já combinei com o Marcos dele me arrumar um quadriciclo 4x4, com os Lençóis proibido veria que opções poderiam ser oferecidas a Joana.

Fizemos inúmeras trilhas e desta vez incluí o farol de Mandacaru. Estas trilhas na verdade são estradas e de passeio não tem nada a não ser o prazer de cavalgar com o quadriciclo. Numa destas viagens fomos ao Canto do Atins e aí veio a descoberta do porque da proibição de circular dentro dos Lençóis.

Tudo começou que a rede Globo foi fazer uma reportagem nos Lençóis e o apresentou com vandalizado pelos turistas incluindo nela um testemunho do Buna que é dono de uma pousada no Atins. Não deu outra quando chegamos lá, depois dos abraços saudosos no Buna a pergunta – Por que você mentiu na reportagem da televisão? Inacreditável a resposta – Ele não suportava os Cearenses que faziam o roteiro Jericoacoara/Lençóis em expedições e neste delírio com os repórteres da rede Globo coabitando já que o mesmo foi buscar o lixo que a maré traz eles filmaram um pedacinho com a imundice. Nunca, nunca em tantas vezes que fiz os Lençóis eu vi uma, leiam bem, uma sujeirinha qualquer que fosse e o Buna em seu delírio de alcoólatra acabou dando um tiro no próprio pé e sacaneou seu amigo Alfonso já que os Lençóis ficaram proibidos para excursão e ir pela trilha ou rio não vale à pena.

O governo Federal na sua mediocridade faz aquilo que sempre faz – se sair na televisão eles se interessam, não de ir ver a realidade e sim de tomar uma decisão que é totalmente errada proibindo que se veja de perto um dos lugares maravilhosos que já pude conhecer.

Uma curiosidade que no final (muito feliz) foi que em uma viagem o Marquinho e eu parados numa margem dos Lençóis de repente fomos cercados por policiais armados e logo em seguida chega o Buna. Eles estavam perseguindo um caboclo também de quadriciclo que tinha roubado uma bolsa de uma turista. O Marcos se surpreendeu porque conhecia o elemento e o mesmo era um vigilante que atuava em favor do IBAMA, mas...

Retornando a Barreirinhas comentamos sobre o ocorrido inclusive com o Alfonso (hehehe – encontrei-o no hotel e tudo foi bem entre nós, afinal minha admiração por ele supera qualquer mau entendimento) e o mesmo comentou que não era possível que esta pessoa tivesse feito isto. Mas vejam a coincidência – Estando eu no centro encontro o amigo Angelo que também trabalha com turismo e dele já loquei quadriciclo para a Iara, lhe falei deste caso e também do problema que seria de eu não ter encontrado uma solução para a Joana poder desfrutar os Lençóis ele me diz que com o vigilante sendo caçado (foi preso no mesmo dia) e mais os quatro fiscais do IBAMA que iriam sair em viagem na semana seguinte estaria com os Lençóis sem fiscalização conseqüentemente problema resolvido e a Joana iria ser uma das últimas a poder visitá-los inteiramente.

A Joana chegou e nem usou a pousada do pacote indo ficar comigo no resort.

O ponto maior seria a nossa viagem para Santo Amaro e todos os pontos possíveis dos Grandes Lençóis.

Antes da viagem maior conhecemos o Sérgio Lopes e a Kátia Botelha, ele um engenheiro têxtil e ela produtora do SBT. Juntos nós fizemos um passeio para o Canto do Atins já por dentro dos Lençóis e tanto a companhia como a jornada foram perfeitos.

Sérgio, Joana, eu e Kátia.

Vida dura ô! Foto by Kátia

Joana by Kátia

O ponto alto foi à viagem a Santo Amaro:

Atravessando a balsa, Marcos, eu e Joana. Fotografia by motorista do barco.
 

Última parada com sombra.
 

Nos Lençóis. By Marcos
 

César cruzou o Rubicão, nós o Espigão!
 

Eu, Marcos de chapéu pendurado na Joana de Queimados de Brito que está pendurada na minha Joana, seu Raimundo marido da Joana de pólo azul e os meninos são franceses que estavam fazendo a travessia a pé dos Lençóis.
 

Queimadas é meio caminho entre Barreirinhas e Santo Amaro. Só podem morar dentro do parque quem nasceu lá caso da Joana que desde nova registra a passagem dos visitantes. Nós fomos desta vez o número dois mil e alguma coisa o que mostra que em um registro de tantos anos pouquíssimas pessoas adentraram nos Lençóis.
 

Em Baixa Grande com outra cidadã dos Lençóis. A Ivonete em todas as viagens sempre me recebeu com bastante carinho, não foi diferente desta vez. 

A curiosidade é que proporcionalmente ela recebe menos visitas que a Joana (Queimados) e se queixou para mim que não tinha fotos publicadas na Internet, não é verdade porque quando estive com a Iara eu postei uma foto dela então esta é a segunda. 

Já mencionei antes que fotografia atrapalha o passeio então dificilmente tenho uma seqüência que represente verdadeiramente tudo o que fizemos que foi uma varredura completa dos Grandes Lençóis e isto significa Betânia, Pataca, Espigão e outros. A aventura foi maravilhosa recheada de emoções tanto pelo excesso de beleza como também por desafios de rota. A Iara foi muito feliz quando falou que nos Lençóis a gente não vê a paisagem, a gente vive ela.
 

155.000 hectares!
 

Esta é a Luzia a moradora mais conhecida dos Lençóis inclusive internacionalmente, pergunte a quem foi lá se comeu o camarão da Luzia, se disser não é porque não foi. 

Fim de viagem!  

Joana você é maravilhosa e que fique neste registro o meu amor por você! 

Um último aproveitar do resort e deixei a Joana no hotel do seu pacote para ela fazer os passeios da rotina dos turistas e voltar de avião. 

Quanto à turista que foi roubada alguém achou a sua bolsa no parque, ela tinha simplesmente esquecido e o vigilante espero que alguém tenha se lembrado de tirá-lo da cadeia.

5 comentários:

  1. Até que em fim. Te encontrei Leo. Sai de São José dos Pinhais em 1983, sem me despedir de voce. Gotarria muito de poder lhe entregar algo que lhe pertence. Um abraço. Betiza. Lemba de mim?

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  2. Não lembro não Betiza e sem um endereço é que não vai dar contato mesmo.

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  3. Oh my god. I'm sory my friend.By by mary.

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  4. Querida Betiza – Conferindo o novo layout do blog vi os comentários, para não ficar estranho já que depois disto a lembrança veio forte e até pessoalmente se encontramos esclareço a quem segue os meus relatos que Betiza é uma linda cearense de Parambu e foi responsável pelo primeiro uniforme da Minon. O que ela comenta é realmente extraordinário, na época nós trocamos as cortinas dos provadores e o tecido antigo que era de jeans Lee ela levou para fazer redes.
    E ela fez e até hoje é a sua rede oficial. Betiza um grande beijo e agora você têm cadeira cativa na minha lembrança!

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  5. Olá Leopold, obrigada pelo esclarecimento, e o tecido jeans Lee também é forte,a rede continua inteirinha até hoje, apesar do tempo. Obrigada pela "cadeira cativa" na tua lembrança, já que na minha,você tem um camarote inteiro. Lembro também daquela tua funcionária, que na época era encarregada desses trabalhos, que eu fazia pra Minon. Betiza.

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